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Política

Reforma administrativa é outro ponto em comum entre candidatos na Capital

Nenhum nome de provável secretário foi citado, mas todos alegam escolhas técnicas e máquina enxuta

Por Gabriela Couto | 30/09/2024 17:33
Fachada da Prefeitura de Campo Grande, localizada na Avenida Afonso Pena (Foto: Arquivo/Juliano Almeida)
Fachada da Prefeitura de Campo Grande, localizada na Avenida Afonso Pena (Foto: Arquivo/Juliano Almeida)

Com a folha de pagamento da prefeitura de Campo Grande se tornando alvo de polêmicas e chegando próximo ao limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), os candidatos ao cargo de prefeito nas eleições de 2024 destacam a necessidade urgente de uma reforma administrativa.

A cidade, que atualmente possui 18 órgãos da administração direta e 22 da administração indireta, enfrenta o desafio de reorganizar a estrutura de governo para reduzir gastos com pessoal e melhorar a eficiência na gestão dos recursos públicos.

Entre os principais candidatos, há consenso sobre a importância de um ajuste profundo nas contas públicas e a otimização da máquina administrativa.

Luso de Queiroz (PSOL) - O candidato se compromete a reduzir o gasto com pessoal no orçamento municipal de 55% para 45%. Ele defende uma reforma administrativa rigorosa, que não apenas diminua despesas, mas também garanta a sustentabilidade das finanças públicas. Para isso, propõe o enxugamento de cargos comissionados e o fortalecimento de mecanismos que favoreçam a gestão pública eficiente.

Beto Figueiró (Novo) - O candidato do Partido Novo destaca que sua prioridade será montar uma equipe de gestão com secretários de perfil técnico, sem indicações políticas, preferencialmente profissionais de carreira concursados.

Ele vê a reforma administrativa como essencial para criar uma estrutura mais enxuta, capaz de melhorar os serviços prestados sem aumentar os gastos. "A cidade precisa de uma administração menos engessada", defende Figueiró, sugerindo uma abordagem de gestão descentralizada e transparente, com maior protagonismo dos gestores de cada área.

Beto Pereira (PSDB)- O tucano defende uma "reestruturação completa" da máquina pública. Ele planeja iniciar sua gestão com um "choque de gestão", visando sanear as contas públicas e reorganizar as secretarias municipais para melhorar a eficiência do governo.

A modernização dos sistemas de informação e a ampliação dos serviços digitais estão entre as prioridades, além da otimização do Portal da Transparência para garantir maior controle social sobre a gestão dos recursos públicos. Pereira também promete valorizar os servidores, promovendo diálogo e melhorias nas condições de trabalho.

Camila Jara (PT) - A petista propõe uma reestruturação administrativa baseada na descentralização das responsabilidades e na integração das políticas setoriais. Ela promete reduzir em 30% o número de cargos comissionados logo nas primeiras semanas de governo, além de implementar o trabalho remoto para diminuir custos de infraestrutura. Jara também pretende realizar uma auditoria nas contas da prefeitura para identificar desperdícios e garantir uma gestão mais econômica e eficiente.

Adriane Lopes (PP) - Adriane Lopes, atual prefeita e candidata à reeleição, foca sua proposta em uma administração pública mais moderna e eficiente. Ela defende a redução do número de secretarias e a integração de serviços, visando uma gestão mais coesa. Adriane planeja eliminar redundâncias e tornar a estrutura administrativa mais ágil, adaptada às novas demandas da população. Sua gestão promete continuar investindo em modernização e eficiência, consolidando áreas afins e melhorando a prestação de serviços.

Rose Modesto (União Brasil) - Rose Modesto, candidata do União Brasil, alerta para o aumento descontrolado dos gastos com pessoal nos últimos anos e critica a prefeitura por ter se transformado em um "cabide de emprego". Ela afirma que Campo Grande ultrapassou os limites da LRF, com a cidade sendo a segunda capital com maior gasto per capita com a folha de pagamento e última colocada em qualidade de gestão fiscal, segundo o índice FIRJAN.

Rose promete uma gestão rigorosa das despesas, incluindo o fim da folha secreta e a eliminação de contratações por indicação política. Sua proposta inclui o redimensionamento da estrutura administrativa, embora ela prefira aguardar uma análise mais detalhada da situação antes de antecipar números.

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