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Política

Reinaldo citou o combate ao tráfico de drogas em conversa com novos juízes

Governador conversou com 18 novos juízes, em curso de qualificação, realizado no TJ-MS

Leonardo Rocha | 04/09/2017 11:40
Reinaldo participou de bate-papo com 18 novos juízes, durante curso no TJ-MS (Foto: André Bittar)
Reinaldo participou de bate-papo com 18 novos juízes, durante curso no TJ-MS (Foto: André Bittar)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) participou hoje (04), de um bate-papo com 18 novos juízes, que estão participando de um curso de qualificação no TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Ele explicou a situação da economia do Estado, a importância de reformas estruturantes, assim como o combate ao tráfico de drogas, na fronteira.

Reinaldo começou o bate-papo lembrando que o Estado vai completar apenas 40 anos, mas já possui uma economia diversificada, voltada a exportação, tendo dez produtos principais, entre eles: celulose, álcool, açúcar, carme processada, embutidos, soja, milho e minérios, que apesar da crise econômica, foi o que mais recebeu capital privado e gerou empregos.

Fez um breve relato cobre a queda na economia a partir de 2014, mas lembrou que é um dos sete estados que conseguiram manter o pagamento da folha salarial e compromissos. "Parece que é normal pagar a folha, mas nesta crise, 20 estados não conseguiram".

O tucano fez a defesa de reforma estruturantes, como a trabalhista e previdenciária, para "aliviar os caixas" dos gestores, citando que 56% do que se arrecada é usado para pagar a previdência. "Nós temos um fundo (previdência) que tem um déficit de R$ 1,2 bilhão de déficit".

Sobre sua gestão, destacou a redução para apenas 10 secretarias, investimentos em saúde e segurança, assim como a discussão para a implantação da rota bioceânica, para levar nossos produtos a países asiáticos, pelos portos do Oceano Pacífico. "Devemos crescer nossa economia acima da média nacional, nos próximos anos".

Tráfico de drogas - O governador contou aos juízes que busca apoio da União, no combate ao tráfico de drogas, na região de fronteira do Estado. "Nós apreendemos 300 toneladas (drogas) no ano passado, e notamos que há abandono das forças federais nestes locais, existe um diálogo neste sentido, mas pouca ação".

Reinaldo ponderou que se precisava de uma "blindagem" maior na fronteira. "Já avisamos que se não tivermos o retorno da União, podemos tirar nosso pessoal da fronteira e trazer para dentro do Estado, já que não temos o devido apoio".

Ele ainda citou que existem 7.340 vagas no sistema carcerário, ocupados com 16.200 detentos, sendo 7.340 presos advindos do tráfico. "Existe defasagem e um custo de R$ 13 milhões por mês com estes presos federais, tanto que entramos com uma ação na Justiça, para reaver estes recursos, que vai ser analisado pelo STF (Supremo Tribunal Federal)".

Novos juízes participam de curso de qualificação, antes de começarem a exercer a função (Foto: André Bittar)
Novos juízes participam de curso de qualificação, antes de começarem a exercer a função (Foto: André Bittar)

Parceria - O governador também comentou a parceria com o Tribunal de Justiça, com a criação da Vara de Execução Fiscal e a Câmara de Conciliação. "Neste segundo caso, evitamos muitas ações judiciais com diálogo, em relação a cirurgias e medicamentos na área da saúde".

Curso - Os 18 novos juízes passam por um curso de qualificação antes de assumirem suas funções nas comarcas do Estado. Eles terão 480 horas/aula, em um período de 60 dias, com conhecimento teórico e prático, em três módulos, para que já comecem a trabalhar a partir de 26 de novembro.

O diretor-geral da Ujud-MS (Escola Judicial de Mato Grosso do Sul), Júlio Roberto Siqueira, ressaltou que este curso mais amplo começou neste ano, após resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Dos novos magistrados, são cinco de Mato Grosso do Sul, cinco do Paraná, dois de São Paulo, dois do Rio de Janeiro, dois de Minas Gerais, um de Santa Catarina e um do Rio Grande do Sul.

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