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Política

Reinaldo defende “unidade” no PSDB e apoio a reforma na previdência

Em discurso na posse de novo presidente nacional tucano, governador afirma que mudança ajudará na melhor distribuição de riquezas

Humberto Marques | 31/05/2019 15:19
Reinaldo, durante pronunciamento na convenção do PSDB, pregou união do partido para o atual momento do país. (Foto: Reprodução)
Reinaldo, durante pronunciamento na convenção do PSDB, pregou união do partido para o atual momento do país. (Foto: Reprodução)

Em evento que marcou a eleição do ex-ministro Bruno Araújo (PE) para presidente nacional do PSDB, o governador Reinaldo Azambuja defendeu, em discurso, a unidade do partido a fim de defender pautas cobradas pela população. Durante o pronunciamento, realizado nesta sexta-feira (31) durante a 15ª convenção nacional do partido em Brasília, o chefe do Executivo estadual destacou que essa premissa deve estar acima da “adesão” a governos e afirmou, ainda, que a reforma da previdência é necessária para uma melhor distribuição de riquezas entre a população.

“Temos o dever de nos unir em benefício do país. Não do partido. Temos um partido, somos filiados a um partido, mas governamos para as pessoas, para o cidadão mais pobre, que precisa de políticas públicas em saúde, segurança, educação”, afirmou Reinaldo. “Esse é o novo PSDB que vamos construir: olhando para o que o país precisa avançar”.

O governador sul-mato-grossense sustentou que, nesta análise, “não tem de fazer adesão ao ‘governo A’, ‘governo B’ ou ‘governo C’”. “Temos de olhar as causas que o povo brasileiros nos impôs e que são prioritárias”, destacou Reinaldo, apontando o combate ao desemprego como uma das prioridades e que depende de novos investimentos.

Estes, por sua vez, virão se o empresariado perceber que “somos um país que se governa com responsabilidade e cuida das questões fiscais. E deixar a previdência como está é um prejuízo para todos os brasileiros e brasileiras”, salientou o governador, ao defender em sua fala que o PSDB assuma “posição em defesa de reformar a previdência para distribuirmos melhor as riquezas e tratarmos das pautas essenciais”.

O governo de Mato Grosso do Sul foi um dos primeiros do país a, ainda em 2017, aprovar a reforma da previdência do funcionalismo estadual, sob a alegação de dar sustentabilidade financeira ao sistema e se alinhar ao movimento iniciado pelo governo federal –cujo regime geral, como alegado, registra déficits constantes. Nesta semana, o Estado aderiu ao Prevcom, o regime de previdência complementar criado pelo Estado de São Paulo e que visa a garantir aposentadorias aos servidores acima do teto do INSS.

“Questão” – Ex-ministro das Cidades e ex-deputado federal, Bruno Araújo é ligado ao grupo do governador paulista João Dória e integra a ala apelidada de “cabeças pretas” do PSDB –em contraponto às lideranças mais antigas, os “cabeças brancas”–, composta por filiados mais jovens. Durante o evento, ele confirmou que a reforma da previdência será um dos “compromissos firmes” a serem discutidos internamente.

A intenção, segundo Araújo, é fazer com que o PSDB analise a possibilidade de fechar questão sobre a reforma, o que implicaria em uma posição conjunta da bancada no Congresso sobre o projeto. Neste caso, parlamentares que não seguirem a orientação da legenda estarão sujeitos a penalidades.

Além de Araújo, o PSDB elegeu os integrantes de sua nova cúpula, que terão mandato de dois anos. O deputado federal Beto Pereira, ex-presidente do partido no Estado, integra a chapa como secretário-geral da Executiva nacional. “O PSDB é um partido que está buscando firmar seu espaço como uma agremiação independente, mas que está atento a todas as pautas nacionais que trazem benefícios ao Brasil e aos brasileiros”, afirmou o parlamentar.

O PSDB conta, hoje, com 8 senadores, 30 deputados federais e 3 governadores.

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