Relator decidirá se delação de Delcídio fará parte de pedido de impeachment
A decisão sobre se a delação premiada do senador sul-mato-grossense Delcídio do Amaral, ex-líder do governo no Senado e que está em processo de desfiliação do PT, fará parte do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff ficará com o relator do processo na comissão especial destinada a analisar o tema, Jovair Arantes (PTB-GO).
A informação foi divulgada hoje (21) pelo presidente do colegiado, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), no início da primeira reunião de trabalho do colegiado. “Esclareço que a consideração ou não [da inclusão da delação], será objeto de decisão do relator quando da apreciação de seu parecer que será submetido ao juízo desse colegiado”, disse.
O tema é considerado o primeiro item polêmico que integrantes da comissão terão que se debruçar. A delação do senador Delcídio foi incluída na documentação relativa ao pedido de impeachment entregue pelo primeiro secretário da Mesa, deputado Beto Mansur (PRB-SP), responsável por comunicar à Dilma sobre a abertura do processo.
Rosso disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou a juntada dos documentos a pedido de Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal, autores da representação.
O governo entende que a juntada da documentação foi ilegal e não quer que ela seja objeto de análise do colegiado. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse que a medida impede o direito de ampla defesa da presidenta Dilma. Após o anúncio da decisão, deputados da base aliada levantaram vários questionamentos a respeitos da questão.