Reunião termina sem acordo para votar projetos de suplementação
Acabou, pela segunda vez, sem acordo a reunião para votar em regime de urgência os dois projetos de suplementação, que soma R$ 117 milhões. Os vereadores decidiram pedir mais explicações para a Emha (Agência Municipal de Habitação) e agendar novo encontro com o secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle, Wanderley Ben Hur da Silva.
Segundo o presidente da Câmara Municipal, Mario César Fonseca Oliveira (PMDB), o encontro só debateu a suplementação de R$ 9,04 milhões da Emha. No entanto, o presidente da agência, Amilton Cândido Oliveira, não conseguiu informar se as famílias da Favela Cidade de Deus estão incluídas nas casas previstas no projeto.
Na segunda-feira, durante protesto na prefeitura, o prefeito Alcides Bernal (PP) acusou os vereadores pela não construção de casas para as famílias sem-teto da região. Ele disse que a suplementação vai garantir a realização do sonho da casa própria.
No entanto, segundo Oliveira, o projeto não contempla a Cidade de Deus. Para ter certeza, os vereadores farão novo requerimento pedindo a relação dos contemplados com a construção das casas.
Os vereadores já sabem que a Favela Portelinha, na região norte da Capital, vai ser contemplada pelo projeto.
Outro ponto que precisa ser explicado é que o valor não incluído no orçamento é de R$ 7,9 milhões, mas o prefeito pediu R$ 9,04 milhões. Mario César quer saber o motivo da diferença.
Também não houve acordo sobre a suplementação de R$ 108 milhões. O secretário de Planejamento volta para nova reunião na quinta-feira. Ele vai tentar convencer os vereadores a votar os projetos em regime de urgência.
A primeira tentativa ocorreu na semana passada e teve a presença de Bernal no legislativo municipal. Ele tentou, mas não conseguiu convencer os vereadores da importância e da legalidade da suplementação.