Sem construir nada desde 1990, entidade terá que devolver terreno ao governo
Área de cerca de 1.4 mil m² ficou parada por mais de três décadas e agora deve ser utilizada pela perícia
Depois de mais de três décadas, a área de 11.463 metros doada à Rede Feminina de Combate ao Câncer, em Campo Grande deve voltar ao governo do Estado.
O terreno da antiga fazenda Bandeirantes, localizada na Avenida Filinto Müler, no bairro Parati, foi passado para a entidade por meio de lei em 1990, que foi revogada a pedido do governo do Estado e aprovada hoje (18) pela Assembleia Legislativa em segunda votação. O texto agora segue para sanção do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Assim que assinado e publicado no Diário Oficial do Estado, o terreno doado em 1990, na gestão do ex-governador Marcelo Miranda, e que nunca recebeu um tijolo para sua utilização volta ao poder Executivo. A informação é que a área já terá um destino final.
Está em fase de elaboração projeto para que seja construído um prédio da perícia sul-mato-grossense. O terreno fica localizado em uma área estratégica, ao lado do Imol e do Instituto de Identificação da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública.
Segundo o governo do Estado durante muitos anos foi tentado um acordo com representantes da Rede Feminina, para que o local cumprisse seu papel original. Mas a entidade não apresentou um novo projeto.
Inclusive a área estaria sendo invadida. Sem cumprir o prazo para realizar a construção da sede e com a nova legislação que proíbe a doação de áreas sem licitação, o terreno deverá ser utilizado pelo Estado.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Rede Feminina que até o momento não justificou o motivo de não ter utilizado a área. A sede da entidade fica hoje na Rua Marechal Rondon, 1053, dentro do Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão.