Senadora defende devolução de MP que reonera folha de pagamento
Tereza Cristina (PP) afirma que o Governo Federal ignorou decisão do Congresso, causando insegurança jurídica
A senadora Tereza Cristina (PP), líder do partido no Senado, defende a devolução total da Medida Provisória que reonera a folha de pagamento dos 17 setores e em substituição solicita que o Governo Federal envie um projeto de lei para ser discutido a partir de fevereiro, segundo ela, garantindo assim segurança jurídica, emprego e renda no nosso país.
Após ser pressionado pelos senadores, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), se reuniu nesta quarta-feira (10) com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o objetivo de dialogar sobre a devolução da medida.
De acordo com a assessoria da senadora Tereza Cristina, há três assuntos importantes juntos à medida, e caso a MP não seja retirada, a reoneração já entra em vigor em março, entretanto, o Congresso votou pela desoneração, ou seja, pela retirada dos impostos. Para Tereza, o governo ignorou a decisão do Congresso que retirou impostos sobre a folha de pagamento de 17 setores da economia.
“Isso gera insegurança jurídica total pra empresas que contavam com a desoneração até 2027, causa risco de elas demitirem se a medida vigorar já em março. Com o projeto de lei, há mais tempo pra discutir - e mesmo separar os assuntos. Parece que serão enviados três projetos separados. Pacheco prega diálogo sobre a medida provisória da reoneração da folha de pagamento”, diz Tereza.
A desoneração da folha permitia que as empresas de alguns setores intensivos em mão de obra substituíssem a contribuição de 20% sobre salários por uma alíquota de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. O Congresso votou para a prorrogação, entretanto o Executivo vetou a iniciativa e editou uma MP no sentido contrário.
A medida provisória foi publicada após o Congresso derrubar o veto do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao projeto original aprovado pelos congressistas. A MP foi proposta pelo ministro Fernando Haddad para limitar a desoneração, benefício que foi instituído em 2012 e tem sido prorrogado desde então. O objetivo do governo é aumentar a arrecadação para alcançar a meta de zerar o déficit fiscal em 2024, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano.
Os senadores por Mato Grosso do Sul, Nelson Trad Filho, o Nelsinho Trad (PSD), e Soraya Thronicke (Podemos) foram procurados pela reportagem para saber o posicionamento, entretanto até a publicação da matéria, não obteve retorno das respectivas assessorias.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News.