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Política

Simone crava que Dilma cometeu crime na presidencia e perderá mandato

Nyelder Rodrigues | 09/08/2016 19:10
Simone Tebet discursou a favor do impeachment de Dilma no plenário do Senado nesta terça (Foto: Divulgação)
Simone Tebet discursou a favor do impeachment de Dilma no plenário do Senado nesta terça (Foto: Divulgação)

A senadora sul-mato-grossense Simone Tebet (PMDB), uma das que puxam o grupo favorável ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), não minimizou as irregularidades cometidas pela petista no Executivo e, em discurso no plenário do Senado nesta terça-feira (9), crava que haverá a perda do mandato.

"Dilma cometeu crime de responsabilidade e a pena é a perda de mandato", frisa a senadora durante fala na sessão de hoje, presidida pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, e que definirá se a presidente afastada será julgada ou não pelas chamadas "pedaladas fiscais".

A defesa da petista, encabeçada pelo ex-ministro da Justiça, o jurista José Eduardo Cardozo, alega que foi usado da chamada "contabilidade criativa" e minimiza as irregularidades cometidas, assim indicando que os casos não são passíveis de impeachment como punição. Além disso, a defesa alega desconhecimento de Dilma em algumas situações.

Porém, na concepção de Simone Tebet, Dilma preferiu manter a fraude na forma como conduziu da economia e assim mascarar números negativos, seja intencionalmente ou por omissão em não atuar de maneira correta, causando assim desequilíbrio das contas públicas, com três anos seguidos de PIB negativo, aumento do desemprego e inflação.

"São apenas a ponta do iceberg", disparou a senadora de Mato Grosso do Sul ao comentar as denúncias relativas às pedaladas e aos decretos assinados pela presidente afastada - ações que contribuíram para gerar problemas econômicos e, logo depois, uma crise política e institucional.

Simone ainda destaca nas 200 horas de trabalho na Comissão do Impeachment, foi conferida à presidente o direito à mais ampla defesa e que a análise respeitou preceitos jurídicos, sendo assim, qualquer decisão tomada pelo plenário do Senado deve ser soberana e ocorrerá de forma democrática.

Também hoje, a senadora concedeu entrevista à Rádio Senado, onde ressaltou que a falta de argumentos para a defesa de Dilma fazem com que o discurso do golpe seja retórica usada juridicamente, opinando também que o presidente do STF tem sido benevolente com os advogados da presidente afastada.

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