Sob protestos, Bernal diz que mantém proposta de 9,57% a servidores
O índice permanece abaixo do solicitado pelos sindicatos, que reclamam ainda que o aumento chegará escalonado
O prefeito Alcides Bernal (PP) informou esta manhã que manterá o reajuste inicial proposto, de 9,57%, aos servidores municipais. Tal índice já foi rejeitado anteriormente pelo Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), que representa mais de um terço dos 22 mil funcionários do município e que coordena a paralisação de 800 servidores administrativos da Educação, iniciada em 31 de março.
Após ter os 9,57% rejeitados pelo Poder Legislativo, Bernal afirmou, em coletiva à imprensa na quarta-feira (6), que só poderia oferecer reajuste de 2,79%, equivalente aos índices inflacionários dos últimos três meses, em decorrência de impedimento da lei eleitoral. No entanto, conforme adiantou o Campo Grande News, o percentual poderia chegar até o índice de inflação acumulado nos últimos 12 meses que, segundo o IPCA-E, soma 9,95%.
O prefeito voltou atrás sem chegar, porém, à ordem de 11,6% solicitados pelo Sisem. Alegando perseguição, Bernal espera que os sindicatos aceitem a proposta inicial, para que, então, os vereadores possam, novamente, votar o projeto e encerrar a polêmica que tem causado sequentes protestos na frente da Prefeitura e também na Câmara Municipal.
Do outro lado da questão, sindicalistas refutam tal aumento, sob a justificativa que ele não contempla os dois anos acumulados sem reajuste. Os professores, por exemplo, reclamam ainda que aguardam o cumprimento da lei do piso; guardas municipais alegam que a mudança de categoria e reajuste por tempo de serviço não é aplicada; e os enfermeiros pedem a volta de alimentação nos plantões.
Até o momento, segue mantido o indicativo de greve geral de servidores a partir da próxima semana. Em reunião na ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) nesta quarta-feira, o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, informou que aguardam uma contra-proposta razoável por parte do Executivo para que a greve não seja ampliada.