Com servidores em greve, alunos ficam sem café e almoço em escolas
A greve dos servidores administrativos da educação municipal de Campo Grande, que começou no dia 31 de março, vem influenciando na rotina dos alunos das escolas de ensino integral. Nesta segunda-feira (4), já houve casos de escolas que cortaram o café da manhã e o almoço dos alunos.
Na escola Professora Ana Lúcia de Oliveira Batista, uma das duas de ensino integral da Reme (Rede Municipal de Ensino) e que fica no bairro Paulo Coelho Machado, um cartaz informando que a partir desta segunda não seria mais servido café da manhã e almoço para as crianças até o fim da greve foi fixado no portão de entrada. Os alunos são dispensados entre 11h e 13h para almoçarem.
A diretora da escola, Rosângela Ruas Chelotte, informou que são mais de 500 alunos na instituição e que sem os servidores para auxiliar na preparação dos alimentos e higienização dos utensílios de cozinha, ou seja, os administrativos em greve, é quase impossível servir as refeições.
“Os funcionários são o suporte e dão a sustentação para a escola. Nós não criticamos a reivindicação deles, mas eles são muito importantes para o funcionamento de tudo. Não tem como servir refeições para mais de 500 crianças sem o apoio necessário”, explicou.
Rosângela ressaltou que a escola está fazendo o máximo para que o processo pedagógico não seja afetado pela greve. “Estamos trabalhando para preservar o conteúdo pedagógico sem interferir no ensino do bimestre”, contou.
A diretora informou que não existe falta de alimentos, mas de pessoas para preparar e servir os mesmos para as crianças. “Vi alguns meios de comunicação informando que não estamos recebendo alimentos mas não é verdade. Nós não temos quem prepare esse alimento e sirva para as crianças”.
Mesmo sem receber o café da manhã e o almoço, os lanches nos intervalos das aulascontinuam sendo servidos. “Nós temos uma funcionária no período da manhã e outra no período da tarde que ficam na cozinha e que servem os lanches”, finalizou.
A equipe do Campo Grande News procurou a SEMED (Secretaria Municipal de Educação) e o Sisem (Sindicato dos Servidores de Campo Grande) para comentar o assunto mas até o fechamento desta reportagem não conseguiu nenhum retorno.