Bernal cita opositores e diz que greve de servidores tem interesse político
Parte dos funcionários não aprovou reajuste de 9,57%
"Interesse político", classificou o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), sobre o fato de parte dos servidores públicos não ter aprovado o reajuste de 9,57%. Em meio à negociação salarial, a administração municipal anunciou o percentual na semana passada e a maioria do trabalhadores aceitou, mas pessoal do administrativo da educação, que está em greve, pede 11,6%.
Neste domingo (3), durante agenda pública, Bernal disse que a parte contrária é ligada a Marcos Tabosa, presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais), que por sua vez, "tem relação direta com os vereadores Airton Saraiva (DEM) e Jamal Salem (PR)", disse. Ambos parlamentares são os principais opositores de Bernal na Câmara.
Segundo o prefeito, os servidores que não aceitam o reajuste proposto estão sendo usados como "massa de manobra". "É claro que ele (Marcos Tabosa) tem o objetivo de usar os trabalhadores como massa de manobra. Não vejo como uma paralisação de uma categoria, e sim uma ação com interesse político", concluiu.
Voltou a dizer que 70% dos servidores vão receber o reajuste a partir de maio de forma integral e no promeiro dia do mês, e que os fornecedores estão recebendo e a epidemia de dengue sendo controlada. "Apesar das dificuldades, estamos fazendo economia, sem prejudicar o desenvolvimento da cidade".