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Capital

Abril inicia com greve nas escolas e pode ganhar apoio dos professores

Antonio Marques | 02/04/2016 09:05
Servidores administrativos caminharam na Avenida
Afonso Pena, na sexta-feira, e protestaram na Prefeitura. (Foto: Antonio Marques)
Servidores administrativos caminharam na Avenida Afonso Pena, na sexta-feira, e protestaram na Prefeitura. (Foto: Antonio Marques)

O mês de abril começou com greve dos servidores administrativos da Reme (Rede Municipal de Ensino), que cobram reajuste de 11,6% nos salários, além de reposição nos benefícios. A categoria pode ter o apoio dos professores, caso a Prefeitura não apresente uma proposta que contemple a categoria, no sentido de cumprir a lei 5.411, que prevê o pagamento do piso salarial.

Na quinta-feira (31), o prefeito, Alcides Bernal (PP), enviou à Câmara Municipal projeto de lei estabelecendo o índice de reajuste em 9,57% aos servidores municipais, com o pedido de votação em regime de urgência em sessão extraordinária, que deveria ocorrer no dia seguinte.

Os vereadores não atenderam ao pedido do Executivo e devem votar o projeto na sessão de terça-feira (5). De acordo com o projeto, os servidores que têm menor salário receberiam 7,5% a partir do mês de maio e os outros 2,07% em dezembro. Para os funcionários com curso superior, a proposta é 3,57% em maio e 6% no final do ano.

A primeira categoria que já demonstrou descontentamento com a proposta do prefeito são os servidores administrativos da educação, que estão greve desde o dia 31. O presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, sinalizou contrário e fez uma contraposta, que foi aprovada em assembleia nessa sexta-feira. Eles pedem reposição da inflação do período, 11,60%, e o vale alimentação no valor de R$ 400,00, pagamento de insalubridade para cozinheiras e merendeiras de escolas e Ceinf's (Centro de Educação Infantil).

O presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, disse neste sábado (2) desconhecer o conteúdo do projeto de lei encaminhado à Câmara, mas acredita que os professores não estão contemplados no texto, considerando que a categoria tem negociado separadamente, em razão da existência da lei do piso. “Já temos legislação aprovada, sem necessidade de uma nova. Temos uma comissão negociando com a prefeitura e estamos procedendo com maior franqueza com o prefeito”, comentou.

Para o Lucílio, o fato de o prefeito ter aceito suspender o julgamento do recurso contra a lei 5.411 no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) sinaliza que vai seguir dialogando com a categoria. “Agora estamos aguardando nova reunião com a comissão de negociação”, revelou.

Conforme o presidente da ACP, caso os professores tenham sido incluídos no projeto de lei enviado ao Legislativo Municipal, a situação seria muito grave e a categoria não vai aceitar esses índices “de forma alguma”. De qualquer forma, Lucílio disse que vai acompanhar a votação do projeto na próxima semana. Os professores podem somar ao movimento dos administrativos caso a prefeitura não apresente uma maneira de pagar os 13,01%, referente a correção de 2015, e os 11,36%, deste ano. A correção da data base do funcionalismo municipal deve acontecer em no mês de maio.

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