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Política

Bernal culpa vereadores e diz que só pode dar 2,79% a servidores

Antonio Marques | 06/04/2016 12:57
O prefeito Alcides Bernal, mais uma vez, culpa os vereadores e diz que o reajuste só pode ser de 2,79% (Foto: Antonio Marques)
O prefeito Alcides Bernal, mais uma vez, culpa os vereadores e diz que o reajuste só pode ser de 2,79% (Foto: Antonio Marques)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), declarou no fim da manhã desta quarta-feira (6) que só pode oferecer 2,79% de reajuste aos servidores municipais. Ele culpou os vereadores por não aprovarem o índice de 9,57%, considerado pela Prefeitura o maior do País, e que agora a legislação eleitoral limitou a reposição salarial ao índice inflacionário do ano da eleição.

Em coletiva à imprensa realizada no plenarinho do gabinete do Paço Municipal, com a presença de vários secretários das pastas relacionadas a planejamento, receita, finanças e administração, o prefeito considerou que houve má vontade dos vereadores em aprovar o projeto de lei encaminhado pelo Eecutivo, na última quinta-feira, dia 31, que tratava da reposição salarial do funcionalismo municipal.

Para ele, o projeto foi enviado após o Executivo dialogar com todas as categorias dos servidores. O secretário de receita, Disney Fernandes, que também é titular da Seplafic (Secretaria de Planejamento, Finanças e Controle), justificou que a proposta encaminhada à Câmara Municipal foi a melhor possível considerando o cenário de crise econômica que o País está enfrentando, com previsões de não apresentar crescimento neste ano, aumento no índice na taxa de desemprego e aumento da receita de apenas 3%, “que estaria abaixo da inflação. Esse reajuste apresentado é o melhor entre as capitais do Brasil”, afirmou.

Bernal disse que os vereadores tiveram cinco dias para analisar e dialogar sobre o projeto e poderiam aprová-lo com emendas supressivas ou aditivas, de forma que não prejudicassem os 22 mil servidores do município e a população. “Não vejo outra razão para rejeição do projeto a não ser meramente politicagem”, declarou.

O presidente da Câmara Municipal, vereador João Rocha (PSDB), refutou essa declaração do prefeito e afirmou que os vereadores agiram dentro da legalidade e dialogando com todas as categorias que foram até àquela Casa de leis. “Atendemos o pedido dos servidores, que tentaram negociar com o prefeito até o último momento. Deixamos a sessão aberta ontem até a noite para que fosse nos encaminhado as devidas explicações para aprovação do projeto, mas houve apenas o silêncio da prefeitura”, justificou o vereador.

Para João Rocha, em nenhum momento os vereadores estimularam os servidores a rejeitarem o índice oferecido ou a fazerem greve, o que seria uma atitude politiqueira. Segundo ele, essa situação demonstra a má vontade do prefeito com os servidores, pois o projeto foi encaminhado à Câmara com uma série de problemas que geraram questionamentos, como por exemplo, sobre o impacto financeiro da folha de pagamento. “Parece que ele estava de má-fé mesmo”, declarou o presidente.

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