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Política

Com Câmara cheia, sessão é suspensa para discussão de reajuste

Mayara Bueno e Alberto Dias | 05/04/2016 11:56
Câmara lotada nesta terça-feira. (Foto: Marcos Ermínio)
Câmara lotada nesta terça-feira. (Foto: Marcos Ermínio)

Os vereadores decidiram suspender temporariamente a sessão desta terça-feira (5), para definir se votam ou não a proposta de reajuste. Servidores municipais na Câmara Municipal protestam contra o projeto que prevê aumento de 9,57%. No plenário, representantes da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação), Guarda Municipal, funcionários administrativos da educação e creches. 

Antes da suspensão, a sessão foi marcada por protesto, tentativa de usar a tribuna, além dos discursos das categorias. O presidente do Sindicato dos Guardas Municipais, Hudson Bonfim, defende a votação do projeto hoje, mas pediu uma série de melhorias de benefícios da corporação, como questões ligadas aos plantões.

Também ocupou a tribuna o presidente da ACP, Lucílio Nobre, disse que o reajuste significa “traição e desrespeito” com os professores, uma vez que eles não foram chamados para qualquer audiência sobre o assunto. “Este reajuste foi imposto” Questionou a falta de diálogo e defendeu a retirada do projeto.

Em greve, os servidores administrativos da educação e creches também protesta na Câmara. O presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais), Marcos Tabosa reforçou o pedido de reajuste em 11,6%, e não os 9,57% apresentado no projeto do Executivo Municipal. “Tem professor dando aula, mas eles não vão continuar sem quem tenha quem limpe e faça merenda”, disse, avisando que amanhã está prevista uma macarronada e churrasco na frente da Prefeitura de Campo Grande, em forma de protesto.

Já quem esteve pelo legislativo municipal para protestar contra a ‘lei da mordaça’, nome dado ao projeto que restringe o debate de política, sexualidade e religião nas escolas, não conseguiu falar na tribuna. A justificativa é que como o assunto hoje é o reajuste dos servidores não haveria tempo para os movimentos discurssarem.

A proposta polêmica, de autoria do vereador Paulo Siufi (PMDB), foi aprovada na semana passada e agora contrários á lei pedem que Bernal vete o projeto e os vereadores acatem a decisão.

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