Sindicatos se reúnem para discutir novo reajuste e possível greve geral
Um percentual comum deverá ser apresentado ao Executivo; greve geral não está descartada
Servidores administrativos da educação, guardas municipais, enfermeiros e outros segmentos ligados ao funcionalismo do município vão se reunir às 14 horas para buscar um percentual de reajuste salarial que satisfaça as categorias. O impasse envolvendo os vencimentos dos servidores mobilizou centenas de trabalhadores durante toda a terça-feira (5) na Câmara Municipal. Como desfecho, os vereadores rejeitaram o reajuste linear de 9,57% proposto pelo prefeito Alcides Bernal (PP).
“Agora preparamos uma grande frente de mobilizações para tentar fechar um acordo com o Executivo”, explica o presidente do Sisen (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais), Marcos Tabosa, que articulou a reunião e aguarda, também, a presença dos movimentos que representam os médicos, dentistas e engenheiros contratados pela Prefeitura. “Esse momento é de união para discutir os salários”, completou.
Enquanto isso, continua a greve dos servidores administrativos da Educação, iniciada em 31 de março. Conforme o Sisen, a paralisação atinge cerca de 800 servidores, que vão desde agentes de serviços diversos a auxiliar de secretário. Outra categoria que não descarta a greve são os guardas municipais. “A negociação não parou e ainda acreditamos no diálogo, mas se a demanda não for atendida entraremos em greve”, afirmou o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais (SintGMCG), Hudson Bonfim, que representa 1248 profissionais.
Os enfermeiros compartilham da mesma opinião. “O que está em negociação é o nosso trabalho e partimos do princípio que o aumento deve contemplar todos os servidores”, aponta Gustavo Moura Maidana, uma das lideranças do Sinte-PMCG (Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem da Prefeitura Municipal de Campo Grande). Os sindicatos que representam os médicos, odontologistas e engenheiros não confirmaram presença no encontro desta tarde.
A reunião acontecerá na sede da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), na Rua 7 de Setembro, no centro da Capital.