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Política

Suplente de Marun, Fábio Trad declara voto contrário à reforma da Previdência

Deputado anunciou em rede social posição sobre projeto tido como prioridade pelo atual ministro da Secretaria de Governo, a quem substitui na Câmara; em MS, já são 4 votos contra proposta

Humberto Marques | 28/12/2017 18:31
Recém-empossado em vaga antes ocupada por Marun, Fábio Trad foi o quarto deputado federal de MS a anunciar voto contrário à reforma da Previdência. (Foto: Divulgação)
Recém-empossado em vaga antes ocupada por Marun, Fábio Trad foi o quarto deputado federal de MS a anunciar voto contrário à reforma da Previdência. (Foto: Divulgação)

O deputado federal Fábio Trad (PSD) anunciou por meio de seu perfil na rede social Facebook voto contrário ao projeto de lei da reforma da Previdência. Trata-se do quarto voto declaradamente contrário à proposta entre os congressistas de Mato Grosso do Sul –os petistas Vander Loubet e Zeca do PT e Dagoberto Nogueira (PDT) já anteciparam posição contrária ao projeto.

Fábio Trad chegou à Câmara em 20 de dezembro. Primeiro suplente, ele assumiu a vaga do deputado licenciado e atual ministro Carlos Marun (PMDB), que assumiu a Secretaria de Governo do presidente Michel Temer tendo como primeira missão, na articulação política, justamente angariar apoio para aprovação da reforma da Previdência no Congresso.

Marun era o único deputado de Mato Grosso do Sul a anunciar abertamente voto favorável ao projeto da reforma da Previdência. Tereza Cristina (DEM), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Elizeu Dionízio (PSDB) eram considerados indecisos, ao passo que Geraldo Resende (PSDB) não declarou seu voto –o presidente nacional tucano, o governador paulista Geraldo Alckmin, posiciona-se a favor da proposta do Governo Temer.

Deficit – Em postagem no seu perfil no Facebook dois dias depois de assumir o mandato, Fábio Trad declara ser contrário ao texto proposto pelo governo. Ele cita seis argumentos para fundamentar a posição –começando pelo o deficit previdenciário, que segundo ele “esconde a crônica má gestão da previdência”, e pela necessidade de reavaliar renúncias previdenciárias “fruto da desoneração da contribuição previdenciária de vários setores da economia”.

O deputado ainda afirma ser necessário extinguir a DRU (Desvinculação de Receitas da União, dispositivo que permite ao governo federal manobrar livremente um percentual do orçamento) sobre o orçamento da seguridade social. E pondera que a idade de 65 anos –instituída como a mínima para acessar o benefício via INSS– não lhe parece razoável “para o brasileiro se aposentar com remuneração integral, uma vez que em várias regiões do país a expectativa de vida mal chega aos 65 anos”.

Por fim, Trad alega que o governo deve cobrar os devedores da previdência “antes de mutilar os direitos adquiridos dos que contribuem, hoje em torno de R$ 190 bilhões” e enfrentar a sonegação fiscal “antes de violar direitos dos trabalhadores”.

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