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Política

Temer quer Marun 20 horas por dia defendendo reforma da previdência

Na posse de deputado sul-mato-grossense como ministro da Secretaria de Governo, presidente diz confiar que atuação do novo colaborador levará ao sucesso do projeto

Humberto Marques | 15/12/2017 15:03
Marun tomou posse nesta tarde como ministro da Secretaria de Governo. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Marun tomou posse nesta tarde como ministro da Secretaria de Governo. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente Michel Temer confiou ao seu novo ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, o deputado federal licenciado Carlos Marun (PMDB-MS), a missão de “conduzir” a aprovação da reforma da Previdência no Congresso. Mostrando confiança no sucesso dessa empreitada, Temer pediu ao seu novo ministro dedicação ao trabalho.

“Peço a você [Marun] que em sua atuação dedique-se dia e noite, 18 horas por dia, se possível 20 horas, pela reforma da previdência. Acho que tem energia física, argumentativa, intelectual e moral para isso”, afirmou Temer na tarde desta sexta-feira (15), durante a solenidade de posse de Marun no Salão Leste do Palácio da Alvorada.

O novo ministro, que teve a posse adiada duas vezes, tomou posse finalmente nesta sexta afirmando ser “um soldado” do presidente. Marun era um dos líderes do governo na Câmara Federal, destacando-se pela defesa ferrenha dos interesses do Governo Temer na Casa, e foi escalado para o ministério com o aval da bancada peemedebista naquela Casa. Também pesou em favor o fato de Marun ter aberto mão da reeleição.

Desejando boas-vindas ao seu novo ministro, Temer lembrou que já vinha contando com “a energia e determinação do Marun na Câmara dos Deputados”. “É um orador destemido, defende os interesses do povo no parlamento”, emendou o presidente, creditando à atuação no parlamento do agora ministro a aprovação de textos que ajudaram na geração de empregos

O presidente citou temas como o teto de gatos do governo, a reforma do ensino médio, a modernização das leis trabalhistas e a flexibilização da exploração do pré-sal como medidas que “envolveram longas discussões”, mas que resultaram em vitórias.

Reforma – Temer, nos elogios dirigidos a Marun, deixou clara a confiança no assessor em relação à “construção de pontes” e na consolidação da “harmonia entre Executivo e Legislativo”. O pano de fundo do discurso, porém, concentrou-se na aprovação da reforma da previdência.

Em praticamente toda a sua fala, o presidente fez referências diretas ao projeto e na aposta que ele terá aval no Congresso –onde já foi apontada dificuldade em fazer a proposta avançar, diante da relutância de parlamentares em apoiarem um projeto apontado como impopular. Nesse sentido, Temer afirma ver uma “consciência coletiva” na sociedade em favor do texto.

“A maioria da população já apoia a reforma da previdência. Tenho absoluta convicção que o povo confia na previdência”, disse Temer, reiterando que, diante da perspectiva de rejeição do projeto, “a bolsa cai e o dólar sobe”.

O presidente Michel Temer durante a posse de Marun. (Foto: Reprodução Facebook do Planalto)
O presidente Michel Temer durante a posse de Marun. (Foto: Reprodução Facebook do Planalto)

Ele ainda aproveitou para dar explicações sobre o texto, apontando que muitas pessoas hoje não conseguem se aposentar pelo tempo de contribuição, o que mudará com a reforma, e também apontou que as mudança serão benéficas para os mais pobres –atribuindo críticas aos “privilegiados que ganham mais de R$ 5.530, que é o teto da previdência”. Sobre esses o presidente apontou que terão de recorrer à previdência complementar caso desejem uma aposentadoria acima do teto.

A fala de Temer –que ainda reservou agradecimentos para Antônio Imbassahy (PSDB-BA), que retorna à Câmara dos Deputados e deixou o cargo diante da saída dos tucanos da base aliada do governo– foi finalizada reforçando a confiança no trabalho de Marun em relação ao projeto.

“Teremos um gigante em favor da reforma da previdência, que é nosso Carlos Marun. Com esse gigante na Secretaria de Governo, tenho certeza de que vamos chegar lá”, destacou o presidente, segundo quem, após essa missão, pretende contar com o apoio do ministro para “concluir o ciclo reformista do país com a simplificação tributária”.

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