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Política

Suplente de Tereza, Geraldo aguarda montagem de governo para definir futuro

Deputado federal teve mais votos que 4 parlamentares eleitos, mas ficou como primeiro suplente; ele avalia se integra nova gestão de Reinaldo Azambuja ou segue em Brasília

Humberto Marques | 07/11/2018 19:10
Geraldo Resende avaliará se assume mandato em Brasília ou cargo na gestão de Reinaldo Azambuja. (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
Geraldo Resende avaliará se assume mandato em Brasília ou cargo na gestão de Reinaldo Azambuja. (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

Primeiro suplente da coligação Avançar com Responsabilidade IV, pela qual a deputada federal Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (DEM) foi eleita, o deputado federal Geraldo Resende (PSDB) não deu como certa sua permanência em Brasília a partir de 2019. Segundo ele, apesar de estar na linha de ascendência para o Congresso com a indicação da colega de bancada para o Ministério da Agricultura do Governo Jair Bolsonaro (PSL), há tratativas com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) que podem lhe levar à administração estadual no ano que vem.

Tereza foi confirmada nesta quarta-feira (7) como futura ministra da Agricultura de Bolsonaro, que anunciou a escolha via Twitter depois de receber indicação da FPA (Frente Parlamentar Agropecuária). Eleita para um novo mandato com mais de 75 mil votos, a deputada federal, desta forma, tomará posse na Câmara Federal no ano que vem e se licenciará para assumir o cargo na Esplanada dos Ministérios.

“Recebo, logicamente, com alegria a notícia da indicação da Tereza Cristina (para o ministério da Agricultura). Mato Grosso do Sul e, certamente, o Brasil, ganharão muito com a presença da deputada nesse cargo. Ela é do setor, o conhece profundamente e reúne consenso da FPA em torno de seu nome”, destacou Geraldo, por telefone –o deputado está em Brasília.

Geraldo, que na última eleição obteve 61,6 mil votos –mais do que quatro deputados federais eleitos, mas insuficientes para lhe garantir a reeleição por conta do quociente partidário–, ficou como primeiro suplente da coligação. Ele disse que a nomeação de Tereza garante sua permanência na Câmara em 2019, mas não deu esse caminho como certo.

“Sou o primeiro suplente, mas também aguardo a montagem do novo governo do Estado. O governador Reinaldo Azambuja tinha dado a palavra de que eu estaria na formatação de sua nova gestão. O espaço ainda não foi definido, então, vou mensurar onde posso servir melhor Mato Grosso do Sul: se aqui (em Brasília) ou no Estado”, afirmou Geraldo. Ele afirmou que somente depois de uma nova discussão com Reinaldo sobre o tema deve se posicionar em definitivo.

Impasse – Caso Geraldo Resende opte por não assumir mandato de deputado federal, a segunda suplência da coligação poderá se tornar um imbróglio jurídico: com 46.734 votos, Alcides Bernal (Progressistas) seria o segundo suplente da chapa.

Porém, em julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ele foi considerado inelegível: por 5 votos a 2, os ministros avaliaram que a cassação de seu mandato de prefeito em 2014 pela Câmara de Campo Grande o impediria de disputar as eleições –embora ele tenha disputado as eleições daquele ano, ao Senado, e de 2016 ao Paço Municipal. Bernal informou que recorreu da decisão.

Caso o progressista não consiga validar seus votos, a vaga de Tereza iria para a terceira suplente da chapa, Beatriz Cavassa (PSDB), que teve 17,8 mil votos.

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