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Política

Tebet coordenará um dos principais núcleos na transição de Lula

Sul-mato-grossense será responsável pela área social

Jéssica Benitez | 08/11/2022 13:48
Simone Tebet será integrante da equipe de transição de Lula (Foto Agência Reuters)
Simone Tebet será integrante da equipe de transição de Lula (Foto Agência Reuters)

Senadora em fim de mandato por Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (MDB) não deve retornar ao estado tão cedo. Isso porque, além de ser cotada para assumir algum ministério a partir do ano que vem, a emedebista fará parte da comissão de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no núcleo que cuidará do desenvolvimento social.

A parlamentar, que fez parte da corrida presidencial no primeiro turno, apoiou o petista na segunda fase do pleito se tornando um dos principais nomes da linha de frente na campanha contra a reeleição do atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL).

Tanto que foi a primeira a ser lembrada por Lula no discurso pós-vitória no último dia 30. Simone se reuniu com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB) nesta terça-feira (8) em um hotel em Brasília.

De acordo com a Folha de São Paulo, no encontro o ex-tucano deixou a senadora à vontade para escolher em qual área gostaria de atuar e a dela foi por temas ligados à assistência social, endossando, inclusive, informação ventilada nos bastidores de que a sul-mato-grossense deve ficar com o comando do Ministério da Assistência Social.

"(Simone) Integra conosco a transição e vai nos ajudar em um grupo importantíssimo. Sempre digo: nós temos dois desafios grandes, um deles é a economia, e o outro é o social e eles não disputam. Eles são sinérgicos, eles se somam, se complementam, não são excludentes", afirmou o vice-presidente eleito à Folha.

Mais – Outros dez nomes já foram indicados para fazer parte da equipe de transição, indicados pelos mesmos dez partidos que ficaram com Lula no segundo turno. A legenda de Alckmin, por exemplo, indicou o próprio presidente da sigla, Carlos Siqueira, o prefeito do Recife, João Campos, e o ex-governador de São Paulo, Márcio França.

Ao todo serão 50 pessoas nomeadas à transição que terá ao menos cinco grandes comissões, estas serão novamente separadas em grupos menores. Vale lembrar que não se trata de cargo público, portanto, teoricamente, os envolvidos trabalham de forma voluntária, sem remuneração ou benefício.

Atuação – Ainda de acordo com Alckmin, sendo mais específico, a emedebista vai coordenar o grupo de transição que cuida da área social, citando como exemplo os programas transferência de renda. A responsabilidade é grande, já que a manutenção do Auxílio Brasil (que deve voltar a chamar-se Bolsa Família) no valor de R$ 600 foi um dos ganchos mais fortes na campanha do petista.

"Acho que está muito ligado à questão da cidadania, estamos falando aí dos auxílios, do Auxílio Brasil. É óbvio que como estamos falando de 28 temas e temos tempo muito curto para tratar, não dá para trazer para essa pasta tudo àquilo que a gente entende de desenvolvimento social. Pelo contrário, agora é hora de destrinchar. Quanto mais divisão e mais colaboradores tivermos, mais eficiente seremos", finalizou.

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