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Política

Tereza deve voltar à Câmara para articular votação da reforma, diz Reinaldo

Governador prevê que ministra da Agricultura ajudaria, ao lado de outros ministros, a conseguir votos para aprovar texto

Humberto Marques e Fernanda Palheta | 08/07/2019 18:47
Ministra deve retomar mandato de deputada temporariamente para ajudar na aprovação da reforma, afirma governador. (Foto: Edemir Rodrigues/Subcom)
Ministra deve retomar mandato de deputada temporariamente para ajudar na aprovação da reforma, afirma governador. (Foto: Edemir Rodrigues/Subcom)

A caminho do Paraguai para participar de discussões com o gabinete do presidente Mario Abdo Benítez, a ministra Tereza Cristina (Agricultura) pode abreviar sua presença no país vizinho, onde integra a delegação sul-mato-grossense, para reassumir seu mandato na Câmara dos Deputados e ajudar o governo federal a aprovar a reforma da previdência, na quarta-feira (10). A previsão partiu do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que lidera a comitiva do Estado que vai a Assunção tratar de temas que vão de economia a segurança pública.

Deputada federal licenciada para assumir o comando do Mapa, Tereza voltaria ao Congresso não apenas para garantir mais um voto em favor do projeto de reforma, mas também para organizar uma base de apoio à proposta. Assim como ela, os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Marcelo Álvaro (Turismo) devem reassumir os mandatos de deputado federal provisoriamente para articular dentro da Câmara a aprovação do texto, já avalizado em uma comissão especial.

“Talvez amanhã ela volta a ser deputada federal para ir para dentro da Câmara, não só para votar, porque a Bia (Cavassa, PSDB, suplente de Tereza) vai votar também pela reforma, mas para ajudar a articular pela importância da votação da reforma da previdência para o país”, disse Reinaldo nesta segunda-feira (8), durante evento na Superintendência do Banco do Brasil de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, para o lançamento local do Plano Safra 2019-2020.

Reinaldo reiterou que a proposta tem relevância nacional, e não para um governo, por garantir “distribuir um pouco melhor as riquezas”. Ele recomendou aos produtores rurais que acompanhavam o evento que busquem seus deputados federais para pedir a aprovação do texto, já que “temos alguns meio indecisos”. “Não existe dinheiro público. Existe dinheiro dos impostos que se paga e que vai para o poder público. Se tiver uma equação melhor, ele volta para as áreas que se precisa”, emendou.

Enfrentamento – O texto a ser apreciado no plenário da Câmara sofreu alterações a partir do relatório do deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP) que, entre outros pontos, excluiu Estados e municípios do alcance da reforma da previdência. Há, ainda, expectativa de que a mudança seja incluída em emenda no plenário.

Reinaldo, em discurso, destacou que “é necessário coragem para enfrentar essa pauta”, lembrando que, em 2017, o governo estadual aprovou na Assembleia Legislativa a reforma para o funcionalismo estadual. “Se não fosse isso, (o Estado) estaria quebrado como outros”, pontuou o governador, considerando a semana crucial para o avanço de outros projetos de interesse dos governos locais –como a reforma tributária.

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