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Política

TJ nega afastamento de 17 vereadores e clima de alívio reina na Câmara

Aline dos Santos, Paulo Yafusso e Antonio Marques | 01/10/2015 09:13
Justiça negou afastar 17 dos 29 vereadores da Câmara Municipal.  (Foto: Arquivo)
Justiça negou afastar 17 dos 29 vereadores da Câmara Municipal. (Foto: Arquivo)

A Justiça negou o pedido de afastamento de 17 vereadores em Campo Grande. Conforme o apurado pela reportagem, a solicitação do MPE (Ministério Público Estadual), em desdobramento da operação Coffee Break foi indeferida. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) investiga compra de votos de vereadores para cassação do prefeito Alcides Bernal (PP) em março de 2014.

A informação foi recebida com surpresa e alívio na Câmara Municipal. “É mesmo?”, questionou o vereador Edson Shimabukuro (PTB) ao saber da boa nova. Em 25 de agosto, dia da operação, o parlamentar foi detido e liberado após prestar depoimento.

Segundo ele, a decisão do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) foi coerente. “O fato de indeferir tira aquela culpa que pairava no ar de que os vereadores fizeram complô. Era da base do Bernal e a [minha] decisão foi fundamentada no que apurou a CPI. Mostra que a Câmara não estava imbuída apenas para cassar o prefeito”, afirma Shimabukuro.

O pedido era para afastar os vereadores: Ademar Vieira Júnior (PSD), o Coringa; Carla Stephanini (PMDB); Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão; Edil Albuquerque (PMDB); Edson Shimabukuro (PTB); Eduardo Romero (PTdoB); Flávio César (PTdoB); Chiquinho Telles (PSD); Gilmar da Cruz (PRB); Jamal Salem (PR); João Rocha (PSDB); Airton Saraiva (DEM); Otávio Trad (PTdoB); Paulo Siufi (PMDB); Vanderlei Cabeludo (PMDB); Delei Pinheiro (PSD) e Waldecy Batista Nunes (PP), o Chocolate.  O Poder Legislativo tem 29 parlamentares.

Na primeira fase, realizada em 25 de agosto, a Coffee Break afastou o vereador Mario Cesar (PMDB), então presidente da Câmara. Na mesma data, Gilmar Olarte (PP) foi afastado da prefeitura de Campo Grande.

Nesta segunda etapa, a Justiça deferiu as prisões de Olarte e do empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, proprietário da Proteco Construções Ltda. Amorim é apontado como articulador da cassação. Em depoimento ao Gaeco, ele negou interferência e disse que torcia pela derrocada de Bernal na condição de cidadão.

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