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Política

União Brasil oficializa candidatura de Soraya Thronicke à Presidência

Com a confirmação, MS terá pela primeira vez na história, duas pessoas concorrendo ao Planalto

Jhefferson Gamarra | 02/08/2022 15:10
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Senadora de MS, Soraya Thronick durante discurso no Senado (Foto: Agência Senado)
Senadora de MS, Soraya Thronick durante discurso no Senado (Foto: Agência Senado)

O União Brasil, que surgiu da fusão do DEM e PSL, oficializou, nesta terça-feira (2), a candidatura da senadora sul-mato-grossense, Soraya Thronicke, à Presidência da República. A decisão foi tomada após o presidente do partido, Luciano Bivar, desistir de ser candidato para tentar reeleição como deputado federal.

A parlamentar é vice-líder do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso, mas adotou posições críticas ao presidente em relação à pandemia e também ao esquema de corrupção envolvendo pastores e a liberação de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) pelo MEC (Ministério da Educação).

"É um honra participa deste momento, só tenho a agradecer o convite para substituir o presidente Luciano Bivar que é uma tarefa muito difícil. São missões que a vida nos coloca e que vou honrar", pontuou a pré-candidata no inicio de seu discurso.

Na sequencia, a parlamentar ilustrou a polarização entre o ex-presidente Lula e o atual presidente Jair Bolsonaro, e garantiu que apesar de assumir o posto de titular na chapa, vai dar seguimento ao projeto que estava sendo construído por Bivar.

"O País enfrenta um momento sério que exige de nós agentes públicos uma  atenção redobrada, sabemos o que o Brasil vem passando e não poderíamos ser omissos neste momento. Nosso DNA continua liberal, da bandeira de imposto único e de reforma tributária, que é nosso maior problema econômico, então todo o plano de governo que estava construído vai permanecer, agora com um toque feminino”, esclareceu Soraya.

Soraya Thronicke, Luciano Bivar e membros do União Brasil durante coletiva de imprensa realizada na tarde de hoje (Imagem: Reprodução)
Soraya Thronicke, Luciano Bivar e membros do União Brasil durante coletiva de imprensa realizada na tarde de hoje (Imagem: Reprodução)

Negando que tenha sofrido pressão para abrir mão da candidatura, o presidente da legenda Luciano Bivar, garantiu que o projeto do partido será construído como uma terceira vira. "Isso não foi uma desistência, foi apenas uma formatação para gente apresentar nossa proposta ao público brasileiro para um novo ciclo, diante dessa coisa brigada que está a República brasileira. O União Brasil não poderia fugir disso", salientou.

O nome do vice e dos partidos que irão compor a campanha da senadora ao Planalto não foi divulgado. Fazendo mistério, o vice-presidente do União Brasil, Antônio de Rueda, afirmou que anúncio será realizado no dia 5 de agosto, prazo final das convenções partidárias.

“O nome do vice será a cereja do bolo, vamos apresentar uma chapa competitiva para fugir da polarização e apresentar um projeto adequado para o Brasil, e a Soraya possui todas as qualificações para isso”, resumiu Rueda.

Eleita em 2018, como uma representante da "onda conservadora", o mandato da senadora vai até o ano de 2027, portanto não há prejuízo no caso de uma eventual derrota. Com a confirmação de Soraya, Mato Grosso do Sul terá duas representantes na corrida presidencial pela primeira vez na história. Na semana passada, a também senadora Simone Tebet foi oficializada na disputa pelo MDB.

Maior fatia do “fundão” – Em 2022, os partidos que disputarão a eleição terão direito a R$ 4,9 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, mais conhecido como fundo eleitoral. O montante representa a maior soma de recursos já destinada ao fundo desde a criação, em 2017.

O União Brasil partido da senadora e agora candidata à presidência receberá o maior montante, com mais de R$ 782 milhões. Os recursos ficarão a disposição somente depois de a legenda definir critérios para a distribuição dos valores. Esses critérios devem ser aprovados pela maioria absoluta dos membros do órgão de direção executiva nacional e precisam ser divulgados publicamente. O montante deve ser empregado exclusivamente no financiamento das campanhas eleitorais, no caso os recursos não sejam utilizados, eles deverão ser devolvidos para a conta do Tesouro Nacional.

Perfil - Soraya Thronicke é advogada,  natural de Dourados, Mato Grosso do Sul. Estreante na política, tornou-se senadora nas eleições de 2018, pelo então Partido Social Liberal (PSL) – hoje União Brasil. No âmbito político, Soraya é defensora do liberalismo econômico, do direito de propriedade e, principalmente, do combate à corrupção.

Além da formação em Direito, também fez MBA em Direito Empresarial na Fundação Getúlio Vargas, tem cursos de extensão em Direito das Famílias, Sucessões e Tributário. Em Harvard, participou de um curso com 72 mulheres que são lideranças mundiais. Como advogada, atuou durante anos representando famílias, mulheres, crianças e adolescentes em situação de risco e patrocinando ações pro bono em casos de Direito Médico e Direitos Civis. Atuou também em contratos e ações internacionais.

Sua carreira política teve início com a participação ativa nos movimentos democráticos de rua por vários anos, em que liderou protestos contra a corrupção e patrocinou ações judiciais contra abusos de poder e ilegalidades, e no combate à corrupção.

Atualmente, é vice-líder do Governo no Congresso Nacional, coordenadora política da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no Senado Federal, além de membro em oito comissões da Casa. Também preside o União Brasil Mulher Nacional e o diretório do União Brasil em Mato Grosso do Sul.

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