Venda de refrigerantes nas cantinas de escolas em MS pode ser proibida
Os estabelecimentos de ensino de educação básica em Mato Grosso do Sul poderão ser proibidos de comercializar refrigerantes aos alunos, conforme proposta apresentada nesta terça-feira (28) na Assembleia Legislativa. Além da restrição, os estabelecimentos deverão divulgar informes sobre os malefícios causados por essas bebidas.
Segundo o deputado Márcio Fernandes (PMDB), autor da proposta, é necessário ações mais efetivas que busquem aproximar as crianças e jovens de uma alimentação saudável, com o mínimo de açúcar, sódio e gorduras, diante de uma epidemia crescente de excesso de peso.
Exatamente pelo baixo índice nutricional dessas bebidas, as gigantes do setor – Coca-Cola Brasil, Ambev e PepsiCo Brasil – anunciaram na semana passada o fim da venda de refrigerantes para escolas com alunos menores de 12 anos. Uma lata de 355ml de refrigerante, contém 36 gramas de açúcar, o equivalente a 6 colheres de chá, sendo que o recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) são 25 gramas diário.
“Se o próprio fabricante entende que a venda de seus produtos em ambiente escolar não é recomendável e pede a ajuda da sociedade para divulgar, é claro que temos que tomar atitude mais rígida em relação à isso, afinal é a saúde das nossas crianças e adolescentes que está envolvida. A OMS divulgou números que são preocupantes, 33,5% das crianças do país têm sobrepeso e 14,3% estão obesas”, explica Marcio Fernandes.
O deputado reitera que a iniciativa das distribuidora de bebidas valerá para as cantinas que compram diretamente dos fabricantes e de seus distribuidores, por isso a importância da proposta que pretende vedar qualquer tentativa da cantina vender refrigerantes adquiridos de outros distribuidores, como os supermercados, por exemplo.
Conforme dados do Ministério da Saúde, 53% dos alunos de escolas particulares e 20% dos de escolas públicas, costumam comprar refrigerantes nas cantinas.
“Os números são altos, acredito que essa é hora de nos unir, para que haja conscientização nas escolas e dentro de casa, pois somos nós que damos exemplo, e pelo visto não temos feito bem esse papel, afinal segundo o IBGE 26% dos brasileiros tomam esse tipo de bebida pelo menos cinco vezes por semana”, finaliza Márcio Fernandes.