Vereadora apalpada por colega recebe moção de apoio na Câmara da Capital
A vereadora da Câmara de Dourados Virgínia Magrini (PP) que foi "apalpada" por um colega, durante evento solene em seu município esteve na manhã desta quinta-feira (18) na Câmara de Campo Grande para participar de uma moção de apoio organizada pelas vereadoras Thais Helena (PT), vereadora Magali Picarelli (PMDB), Carla Stephanini (PMDB) e vereadora Luiza Ribeiro (PPS) em relação ao assédio sexual sofrido na Câmara de Dourados.
A parlamentar falou sobre o ocorrido e destacou que o vereador Maurício Lemes Soares (PSB) acusado de importunação ofensiva ao pudor, está sendo investigado pela Comissão de ética da Casa de Leis. Ela espera que ele seja cassado por falta de decoro parlamentar.
“Eu acredito que não foi um caso pessoal. Isso é da pessoa que não respeita a mulher como ser humano e política. De repente ele pensou que iria fazer uma gracinha e isso acabou tomando outras proporções. No meu entendimento esse tipo de brincadeira só pode ser feita se a outra pessoa permitir. Com certeza ele tinha noção do que ele fez, sabia o que estava fazendo e eu tomei as providências e sei também onde quero chegar e o que estou fazendo", explica.
A vereadora ainda ressaltou que quando ao denunciar um caso desse, também é julgada. "Já ouvi comentários de que eu permiti, que eu dei mole, foi só uma brincadeirinha e não tirou pedaço e não precisava tomar a proporção que tomou. Acredito que toda a mulher que passa por esse constrangimento tem que denunciar, estava no meu local de trabalho e isso foi muito incômodo e ele cometeu um delito tipificado na lei, ele tem que responder por isso”, diz a vereadora.
Ela contou que foram 3 vezes que ele passou a mão e continuou fazendo. "Acho que pode acontecer uma cassação, eu espero. Isso vai mostrar que as mulheres não querem um lugar na política porque querem ficar no meio dos homens, quero que isso seja levado adiante, queremos uma sociedade mais justa”, comenta a vereadora.