Vereadora nega contato com Amorim e compra de votos para cassar Bernal
A vereadora Carla Stephanini (PMDB), que vai prestar depoimento hoje na investigação da Operação Coffee Break, afirma que não houve vantagens para que os parlamentares cassassem o mandato do prefeito Alcides Bernal (PP) em março de 2014.
“Vim prestar declarações. Mas não há nada, não há suposta vantagem obtida pelos vereadores para a cassação. Agimos com critério”, afirma a vereadora, que chegou ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), às 10h. Ela estava no carro do advogado e destacou que foi ao local na condição de testemunha.
A vereadora também afirmou não ter contato com o empresário João Amorim, dono da Proteco Construções, e apontado como um dos articuladores da cassação. Gravações da operação Lama Asfáltica, realizada pela PF (Polícia Federal) em 9 de julho, apontam que empresários, descontentes com a gestão do então prefeito, “patrocinaram” a cassação por meio de compra de voto dos vereadores.
Hoje, a primeira a prestar depoimento foi a ex-presidente da Fundac (Fundação Municipal de Cultura), que também exerceu a função de vereadora, Juliana Zorzo (PSC). À tarde, a partir das 14h, está previsto o depoimento do empresário Carlos Naegele, dono do Midiamax.
Amanhã, devem ser ouvidos o ex-governador André Puccinelli (PMDB) e o ex-vereador Cristovão Silveira.
Os treze - As denúncias são investigadas pelo Gaeco, que no dia 25 de agosto deflagrou a operação Coffee Break. Na ocasião, foram obrigados a prestar depoimento os vereadores Mario Cesar (PMDB); Edil Albuquerque (PMDB); Airton Saraiva (DEM); Waldecy Batista Nunes (PP), o Chocolate; Gilmar da Cruz (PRB); Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão; Edson Shimabukuro (PTB), Paulo Siufi (PMDB) e Jamal Salem (PR).
Além do ex-vereador Alceu Bueno, que renunciou após escândalo de exploração sexual, e os empresários João Amorim, Fábio Portela Machinsky e João Roberto Baird (proprietário da Itel Informática).