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Política

Vereadores cobram mudança de postura de Gilmar Olarte na crise com ACP

Ludyney Moura e Kleber Clajus | 18/11/2014 12:46

A primeira sessão da semana da Câmara Municipal de Campo Grande, mostrou que a relação entre o prefeito Gilmar Olarte (PP) e os vereadores está tensa e instável. O motivo principal, segundo os parlamentares, é a forma com o progressista tem conduzido a negociação com os professores que estão em greve.

Mesmo depois de ter se reunido com os vereadores para pedir desculpa sobre declarações contra o legislativo que vazaram em vídeo publicado por professores na internet, o tom dos discursos na Câmara mostrou descontentamento com a postura de Olarte. Os vereadores também cobram uma reforma administrativa no primeiro escalão da atual gestão.

“O prefeito precisa ter minimamente mais responsabilidade. São 250 dias de gestão em que não mostrou para que veio. Andou perambulando e quando vem ferro e fogo coloca a Câmara contra os professores”, declarou Elizeu Dionizio (SD).

O próprio da Casa de Leis, vereador Mário César (PMDB), contestou a ação judicial da Prefeitura que suspendeu a lei que obrigado o município a conceder o reajuste de 8,46% aos professores. “A Câmara se debruçou sobre o orçamento em 2013”, revelou.

Segundo o peemedebista, o orçamento aprovado para 2014 previa recursos para pagar o reajuste de diversos segmentos do serviço público municipal, incluindo os professores.

“Meu pedido é que de fato o prefeito chame a categoria e cumpra a lei”, afirmou a vereador e vice-governadora eleita, Rose Modesto (PSDB). Opinião semelhante possui sua colega de mandato, Luiza Ribeiro (PPS). “Triste ver que o prefeito foi à justiça. A ação que ele ingressou não reflete a verdade”, pontou a vereadora.

“O melhor ataque não é sair falando coisas que não se pode provar. Mas, responder de maneira equilibrada e lúcida”, afirmou Paulo Siufi (PMDB).

Ainda de acordo com o presidente da Câmara, uma outra lei municipal ainda em vigor prevê a o reajuste parcelado do pagamento que dará a integralização do piso salarial à categoria.

Mário César contou que na última sexta-feira (14), data em que a Justiça acatou a ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a legislação que garantia o reajuste aos professores, um assessor de Olarte teria entrado na sala comemorando a liminar. “Ganhamos”, teria dito o servidor que não foi identificado. “ Ele (prefeito) falou coisas que não deveriam ser ditas”, finalizou o presidente da Câmara.

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