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Política

Vereadores dão última chance antes de cassação e reconvocam secretário

Francisco Júnior e Jéssica Benitez | 01/08/2013 11:04

A presidente da Comissão de Orçamento da Câmara de Vereadores, Graziele Machado (PR), informou durante a sessão de hoje (1) que o secretário Municipal de Planejamento, Wanderley Ben Hur, será reconvocado para dar explicações sobre o excesso de suplementações orçamentárias feitas pela administração de Alcides Bernal (PP). Esta será a última chance antes de iniciar a instalação de uma comissão processante, que poderá levar à cassação do prefeito Alcides Bernal (PP).

No último dia 30, o prefeito fez duas suplementações que elevou para R$ 22,9 milhões o limite de 5% do Orçamento do Município de Campo Grande deste ano. O total de suplementação já chega a R$ 151,9 milhões.

“ É permitida acréscimo de 5,5% sem autorização da Câmara, mas o prefeito já fez 5,75%”, explicou a vereadora. “ Nós queremos saber o embasamento que o secretário teve para fazer suplementação sem autorização da Câmara”,acrescentou.

Após o termino da sessão, os vereadores irão se reunir para definir a data que Wanderley Ben Hur será ouvido.

De acordo com a parlamentar, o prefeito já está enquadrado em improbidade administrativa, e após a explicação do Ben Hun, os vereadores podem abrir uma Comissão Processante “que pode acarretar em um puxão de orelha ou a cassação”. “A Comissão Processante tem a prerrogativa de julgar o tamanho do pecado. Para cassar precisa de 20 votos”, disse.

Segundo ela, além da questão da suplementação, o prefeito ainda está sendo investigado “pela falta de merenda, compra de combustível, CPI do Calote e empresas que estão ganhando contratos milionários e que só tem uma portinha e podem ser laranja”.

Com relação a investigação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) referente a suplementação, mesmo que o tribunal dê parecer favorável ao Prefeito, o Bernal já cometeu improbidade administração por ter excedido o valor limite.

Para a vereadora, os parlamentares não podem fechar os olhos para essa situação, mesmo os que são da base aliada. “O poder executivo está de um lado do elástico e o poder legislativo do outro. Uma hora o elástico vai arrebentar e alguém vai se machucar com isso”.

Diante dessas situações, a parlamentar acredita que o segundo semestre vai ser mais tenso. “ Infelizmente não há dialogo e tem o PPA (Plano Pluri Anual) e a LOA (Lei Orçamentária Anual)”, finalizou.

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