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Política

Vereadores manifestam solidariedade a cassados, mas esquecem Pedra

Antonio Marques | 19/11/2015 13:37
Vereadores manisfestam solidariedade a colega Thais Helena, que teve mandato cassado pelo TSE (Foto: Fernando Antunes)
Vereadores manisfestam solidariedade a colega Thais Helena, que teve mandato cassado pelo TSE (Foto: Fernando Antunes)

Depois da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da última terça-feira à noite, que cassou os mandados de três vereadores da Câmara Municipal por abuso de poder e compra de votos, o vereador Vanderlei Pinheiro de Lima, o Delei Pinheiro (PSD), não apareceu na Casa. Thais Helena (PT) reagiu diferente, decidiu encarar a situação de frente e responder as questões sobre o processo abertamente, inclusive ocupou a Tribuna na sessão de hoje esclarecer os fatos. Os parlamentares foram solidários com os dois, mas muitos não citaram o vereador licenciado Paulo Pedra (PDT), que ocupa a secretaria municipal de Governo do prefeito Alcides Bernal (PP).

Thais Helena declarou estar com a consciência tranquila por considerar que não cometeu nenhum ato ilícito durante sua campanha. “Acompanhei o julgamento pela TV e o relator não disse haver qualquer irregularidade no meu nome. Houve muita confusão no processo, que não foi julgado separadamente”, argumentou.

Ela reiterou que não teve nenhuma denúncia de “compra de voto ou qualquer outro ilícito” contra a sua campanha de 2012 e muito menos busca e apreensão no comitê. Conforme Thais Helena, no processo não existe prova contra ela de compra de voto. “A única coisa que existe em todo o processo é o contrato de fornecimento de combustível e 46 requisições de 10 litros de combustível em meu nome que estão na prestação de contas aprovada pelo TRE”, garante.

Solidariedade - Luiza Ribeiro (PPS) também questionou o fato de o processo ter sido julgado todos juntos. Disse que conhece o trabalho realizado por Thais na luta política em favor de Campo Grande em seus três mandatos. “É uma injustiça dizer que o mandato da Thais tenha sido obtido por abuso de poder e compra de votos”, comentou.

O presidente em exercício Flávio César também saiu em defesa da colega e disse que Thais estava colhendo solidariedade por ter “plantado respeito, amizade, companheirismo e parceria. Não podeia deixar de me manifestar nesta situação lamentável”, declarou, elogiando o fato de a colega ter decidido “enfrentar de cabeça erguida e empenhar a bandeira da verdade”.

Thais Helena ainda recebeu a manifestação de apoio de Paulo Siufi e Carla Stephanini (ambos do PMDB), Chiquinho Teles (PSD), Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB) e do colega de bancada Marcos Alex, que informou estar elaborando um abaixo assinado para ampliar a solidariedade a parlamentar. “É mais um gesto de apoio político por seu trabalho dedicado a Campo Grande”, explicou.

Com exceção de Luiza Ribeiro, os outros vereadores preferiram não citar em suas falas de apoio o nome de Paulo Pedra, atual secretário de Governo. Mesmo não estando presente na sessão, Delei Pinheiro também recebeu a solidariedade dos colegas.

Os vereadores cassados devem permanecer no cargo normalmente até que seja publicado o acórdão da decisão do TSE. A partir daí, o TRE vai comunicar a Câmara para afastá-los e informar os nomes dos suplentes a assumirem as três vagas.

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