Vereadores pedem informações da perícia dos celulares ao Gaeco
Os membros da Comissão de Ética, reunida nesta manhã na Câmara Municipal, decidiram solicitar o compartilhamento das informações do MPE (Ministério Público Estadual) relativas à perícia dos celulares dos nove vereadores investigados na operação Coffee Break, além do conteúdo dos depoimentos posteriores, como o do vereador Jamal Salem (PR).
O processo na Comissão está na fase de instrução, em que os cinco integrantes estão analisando as defesas prévias dos investigados e compilando os dados mais importantes que serão considerados para definição dos nomes das testemunhas apresentadas pelos parlamentares. “Na próxima semana vamos devemos fazer a conclusão dos dados essenciais que vão ser considerados para convocarmos as testemunhas para as oitivas”, explicou o presidente da Comissão, João Rocha (PSDB).
João Rocha disse que a finalidade da Comissão é decidir se o parlamentar quebrou o decoro. Em ocorrendo a quebra, qual o grau de responsabilidade em relação a penalidade a ser apresentada. Porém, ele reitera, que o trabalho deve ser bastante minucioso para que o resultado seja justo.
Os nove vereadores são investigados por quebra do decoro parlamentar por conta do inquérito da operação Coffee Break, deflagrada no último dia 25 de agosto, por possível envolvimento em um esquema para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP) em março de 2014. A apuração feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) é para verificar se os vereadores receberam dinheiro ou vantagens para cassar o prefeito.
Os vereadores alvos da Operação Coffee Break são Mario Cesar (PMDB); Edil Albuquerque (PMDB); Airton Saraiva (DEM); Waldecy Batista Nunes, o Chocolate (PP); Gilmar da Cruz (PRB); Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB); Edson Shimabukuro (PTB), Paulo Siufi (PMDB) e Jamal Salem (PR).
Nesta fase do processo não há prazo para o resultado ser apresentado, considerando que depende do tempo que o MPE vai encaminhar as informações solicitadas. Porém, o Ministério Público também pode se recusar atender o pedido da Comissão. Outro fator relevante é o número de oitivas a serem realizadas. Conforme o presidente, a vontade dos integrantes é concluir o trabalho ainda neste ano.