Vereadores querem paz com Executivo e a volta das sessões comunitárias
Vereadores da Capital querem a paz com o prefeito Alcides Bernal (PP) e a aproximação com o eleitor em 2016. Para isso, os novos membros da Mesa diretora vão trabalhar em busca do diálogo com o Executivo e articular a volta das sessões comunitárias nos bairros de Campo Grande. Em ano eleitoral, sem financiamento empresarial, o eleitor vai fazer a diferença e pode favorecer uma relação mais harmônica entre os poderes municipais.
"O tom do ano que vem vai ser o tom do encerramento deste ano", garente o presidente do Legislativo, vereador João Rocha (PSDB) referindo-se a relação entre os poderes. Ele defende que a Câmara deve atender às necessidades do Executivo e o prefeito trabalhar para atender a população. "Assim devemos continuar na buscando a harmonia e o entendimento. Da nossa parte não vai ter rusga", afirmou.
João Rocha diz ser importante o Legislativo ir ao encontro da população e sentir nos bairros as verdadeiras necessidades do povo. "É essencial criarmos esse ambiente favorável na proximidade com a comunidade", defende o presidente.
O 1º Secretário da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges, Carlão (PSB), ressaltou que se depender dele e do presidente da Casa, a relação com o Executivo vai melhorar em benefício da população da Capital. “Não vai ser com a Câmara que o prefeito vai ter confronto”, afirma, acrescentando que o objetivo é buscar o diálogo com o chefe do Executivo.
Carlão destacou que João Rocha já deu indicativos de promover a harmonia com o prefeito, com a aprovação dos projetos do Executivo nas últimas sessões legislativas. “Vamos continuar aprovando as proposições que forem beneficiar o povo campo-grandense”, garantiu o primeiro secretário.
“A parceria entre os dois poderes é bom para todos, a comunidade, os vereadores e o prefeito”, destacou Carlão, acrescentando que se os vereadores ficarem falando nos bairros, por meio de suas lideranças, que a solução não aparece por culpa da prefeitura é ruim para o prefeito. “Da mesma forma não é bom para os parlamentares não conseguirem resolver os problemas que atingem os moradores nos bairros”, observou.
Em relação a proximidade da Câmara Municipal com a comunidade, Carlão vai defender a volta das sessões comunitárias nos bairros e a realização de campanhas do Legislativo que envolva a população, “como combate a dengue e segurança no trânsito”, exemplificou.
Para o vereador Chiquinho Teles (PSD), nos dois anos de gestão do prefeito Alcides Bernal (PP) à frente do cargo, a prefeitura não apresentou avanços na administração. Por isso, ele considera e tem esperança que Bernal promova a reaproximação com o Legislativo, o que será positivo para os dois poderes, especialmente em um ano eleitoral.
Chiquinho Teles lembra que a cassação de Bernal aconteceu fundamentada em fatos apurados pela chamada CPI do Calote. “Na época fomos cobrados pela população e até pelo Ministério Público, que dizia que podíamos responder por omissão se nada fosse feito”, comentou. Mas Teles observa que se o prefeito conseguiu retomar ao cargo por decisão da Justiça, ele deveria considera essa nova oportunidade e reconsiderar os fatos do passado para evitar os mesmos erros.
Segundo Teles, a nova Mesa Diretora, comandada pelo vereador João Rocha já demonstrou não alimentar animosidade entre os dois poderes. “Todos os projetos do Executivo foram aprovados na Casa com apoio de todos os parlamentares. Isso deve permanecer assim para o bem de Campo Grande”, afirmou.
Chiquinho também é da ala que defende a Câmara Municipal mais próxima dos bairros, com a volta das sessões comunitárias, porém no período noturno, para dar mais oportunidade a participação popular. “Penso que o vereador deva conviver próximo da comunidade. As críticas fazem parte e a maioria das cobranças do povo é de responsabilidade do Executivo. Temos que saber encaminhá-las por estarmos mais próximo da comunidade”, contou.
Conforme Ayrton Araújo (PT), que assumiu a 2ª vice-presidência na Mesa Diretora no lugar da colega Thais Helena, é necessário haver uma relação harmoniosa entre os poderes para o bem de Campo Grande. Ele disse que vai conversar com o prefeito para sentir a possibilidade de melhorar o diálogo com o Executivo, pois também deve ser considerado que em ano eleitoral a boa relação entre os vereadores e o prefeito é importante no momento de pedir voto ao eleitor. “Queremos a paz e a união e vamos trabalhar para isso”, garante ele, que também defende a volta das sessões comunitárias nos bairros.