Vereadores ressaltam necessidade de provas em caso de exploração sexual
Durante sessão desta terça-feira (12), vereadores de Campo Grande criticaram a forma como vem sendo divulgada as informações sobre os supostos envolvidos no escândalo de exploração sexual de adolescentes.
Ontem, surgiu informação de que mais dois vereadores, um da base e outro da oposição, também estariam envolvidos no caso, que já rendeu a renúncia do vereador Alceu Bueno. A Polícia Civil, que conduz as investigações em sigilo, não confirmou o nome de nenhum parlamentar até o momento.
Até o momento estão presos o ex-vereador Robson Martins e os empresários Luciano Pageu e Fabiano Otero. Este último fez acordo de delação premiada e diz ter uma lista com dez nomes relacionados ao esquema.
O clima de tensão devido aos nomes ainda não revelados suscitou críticas entre os vereadores, que ressaltam a necessidade de apresentar provas, incluindo imagens de vídeo.
“Até o momento são especulações. Não há nada concreto”, disse a vereadora Carla Stephanini (PMDB), que preferiu não aprofundar os comentários dos empresários presos e que afirmam ter os novos nomes.
O vereador Chiquinho Telles (PSD) chegou a brincar dizendo que como é independente, seu nome está salvo. “Tudo o que vem sendo falado é pela imprensa. Se há outros nomes é preciso apresentar provas para desvendar rápido o caso”, enfatizou.
Já o vereador Carlos Borges, o Carlão (PSB), disse que conversar com alguém através de redes sociais não prova nada. Seria preciso o registro de conversas com teor erótico. “Isso é caguetação premiada e não delação”, destacou.
Na sua opinião, o empresário Luciano Pageu está sendo pressionado a dizer que existem mais dois vereadores envolvidos.
Para o vereador, a situação foi criada para tirar o foco de assuntos mais importantes que vem acontecendo na cidade, mas não mencionou quais seriam. Ele ressalta que a Câmara só instalaria uma nova CPI mediante provas concretas e bem embasadas.