Vereadores visitam Salute e dizem que empresa pode ser de fachada
Os vereadores Flávio César (PT do B) e Carla Stefanini (PMDB) estiveram nesta manhã na empresa Salute Distribuidora de Alimentos, mas encontraram o local fechado, sem qualquer movimento e três salas sem funcionários ou equipamentos. Os parlamentares irão requisitar explicações da prefeitura, sobre o fato do município ter contratado a Salute por R$ 1,5 milhão, apesar da sede informada na Junta Comercial estar fechada. Flávio César afirmou que a empresa parece ser de “fachada”.
A Salute firmou contrato emergencial para o fornecimento de alimentos para a prefeitura. O primeiro questionamento sobre a empresa foi em relação ao seu capital social de apenas R$ 50 mil. No local, ficou evidente que os relógios de água e luz estavam parados, mostrando que não havia atividade na sede.
Stefanini ainda argumentou que a empresa venceu esta concorrência com o maior número de itens e não atendeu uma prerrogativa da disputa. “As outras empresas registraram em ata que a Salute levou apenas uma amostra dos itens pedidos, enquanto as concorrentes levaram duas (amostras) como é exigido neste procedimento”, explicou ela.
Os vereadores ainda questionam os motivos que levaram o prefeito Alcides Bernal (PP) a realizam um contrato de emergência, ao invés de abrir licitação. “Queremos as razões e a justificativa para este ato, além de perguntar se esta contratação se refere à situação de emergência feita pela prefeitura no início do ano”, ressaltou Flávio.
Ele ainda questiona a empresa sobre os requisitos exigidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. “Para fornecer alimentos, deve ter uma câmara fria, alvará da vigilância sanitária e condições de armazenamento, será que esta empresa tem?”, apontou ele.
Os parlamentares não procuraram os donos da Salute antes da visita para fazer estes questionamentos e só depois desta constatação vão buscar saber informações sobre os proprietários. “Vamos investigar melhor esta história”, destacou Carla. O endereço da empresa é o mesmo tanto no cadastro da Receita Federal, quanto na Junta Comercial do Estado.
Período – Flávio César também quer saber da prefeitura como foi o fornecimento de alimentos entre os meses de maio até julho, já que segundo ele, o executivo terminou o contrato com a empresa MDR no dia 1 de maio e só contratou a Salute no início de julho. “Neste intervalo de dois meses, o que foi feito? Como a prefeitura forneceu alimentos?”, indagou o parlamentar.