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Política

Vigilantes pedem apoio de vereadores para evitar demissão em massa em 2024

Categoria foi contratada por processo seletivo, acordo que foi alvo de ação judicial da Guarda Civil

Silvia Frias e Caroline Maldonado | 25/05/2023 12:08
Vigilantes foram até a Câmara Municipal pedir apoio dos vereadores. (Foto: Caroline Maldonado)
Vigilantes foram até a Câmara Municipal pedir apoio dos vereadores. (Foto: Caroline Maldonado)

Vigilantes das escolas municipais e de Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil) foram à Câmara Municipal de Vereadores pedir apoio dos parlamentares para que intercedam pela renovação do contrato. O receio dos trabalhadores é a demissão prevista a partir de fevereiro de 2024, quando expira o acordo.

Os vigilantes foram contratados a partir de 2017, quando os guardas civis metropolitanos passaram a ampliar o leque de atribuições, sendo insuficientes para cobrir o monitoramento nas escolas municipais. A estimativa é que há 205 vigilantes em atividade na Capital.

O presidente do SindGM/CG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande), Hudson Bonfim, explica que uma ação foi protocolada na Justiça contestando essas contratações, já que há 176 guardas aprovados em concurso para cumprir a função e que ainda não foram convocados.

A prefeitura alegou que não poderia fazer essa convocação, por já estar no teto do limite de gastos, podendo incorrer em infração na Lei de Responsabilidade Fiscal. O acordo era chamar os guardas gradativamente, e que os vigilantes fiquem na função até fevereiro de 2024, quando expira o prazo contratual.

Hoje, pelo menos 20 vigilantes foram até a Câmara Municipal para pedir apoio dos vereadores. Renan Carvalho ocupou a tribuna e falou sobre a situação. Segundo ele, os profissionais fizeram cursos de capacitação oferecidos pela Semed (Secretaria Municipal de Educação) e PM (Polícia Militar).

“Os agentes têm treinamento e isso ficou evidente no episódio da escola que ocorreu a facada, o vigilante impediu tragédia”, disse, referindo-se ao ataque de ex-aluno da Escola Municipal Bernardo Franco Baís, que esfaqueou a mãe de estudante. O garoto foi rendido por vigilante.

Bonfim, no entanto, usa o mesmo episódio para ilustrar a importância do guarda armado no local. Segundo ele, isso seria impeditivo para qualquer ação violenta nas escolas.

Na Câmara Municipal, os vereadores Valdir Gomes (PSD), Marcos Tabosa (PDT), Alírio Vilassanti (União Brasil) e Riverton Francisco (PSD) disseram ser favoráveis aos vigilantes, porém, citaram que o ideal seria a realização de concurso. Riverton lembrou que ele era superintendente de Gestão de Pessoal da prefeitura, em 2017, que institui o processo seletivo. “Foi feito justamente porque as escolas estavam descobertas, sem segurança”.

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