Prefeito de Ladário defende secretários presos por operação da PF
O prefeito de Ladário, José Antônio Assad e Faria (PT), disse nesta tarde, durante entrevista coletiva, que vai manter nos cargos os secretários investigados pela Operação Questor, da Polícia Federal, que apura irregularidades na administração da cidade.
“Para mim eles são inocentes, mas, se forem condenados ainda não tenho o plano B, continuo acreditando que não precisarei tomar outras providências”, declarou o prefeito.
Estão presos temporariamente os secretários de Finanças, Name Antônio Faria de Carvalho, de Educação, Eliene Urquiza, e ainda a Advogada Geral do Município, Candelária Lemos, o funcionário do setor de licitações Márcio José Pimenta, o contador Samuel Molina e a funcionária do Núcleo de Projetos da Prefeitura, Maria Helena Silva.
“Não é justo que apenas com indícios os funcionários tenham a reputação atingida, pois não tiveram espaço para se defender”, afirmou o prefeito durante a entrevista. “Os secretários envolvidos foram escolhidos entre pessoas de bem, idôneas e sempre foram transparentes e honestos. Acredito que eles sejam inocentes nas acusações, julgar sem provas é desrespeitar a justiça”, completou. Ele classificou os assessores como pessoas “competentes e que nunca deixaram a desejar.
O prefeito disse que não falou antes porque não queria interferir nos depoimentos ouvidos pela PF e procurou se informar melhor do inquérito para depois se pronunciar.
Provação José Antônio não figura como investigado. Ele classificou a situação como uma prova que sua administração, iniciada em 2009, está passando. “Acredito que sairemos mais fortes, sempre prestamos conta a sociedade e continuaremos assim.
(Colaboraram Dina Karla Miranda e Willa Ferreira, do Capital do Pantanal)
De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), as investigações iniciaram a partir de suspeitas de irregularidades na aplicação de recursos federais destinados à merenda dos estudantes da rede municipal de Ladário.
Em seguida, foi instaurado inquérito policial para investigação dos crimes de corrupção, fraudes em licitações, falsificação de documentos públicos e formação de quadrilha.
Na segunda-feira, foi deflagrada a operação para apreensão de documentos e prisão dos envolvidos. A prisão temporária vale por 5 dias.