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Reportagens Especiais

Com 55 pequenas empresas abertas por dia, foco para 2024 é inovação e tecnologia

Média por dia é referente as 18,3 mil novas empresas abertas, de janeiro a novembro de 2023

Por Izabela Cavalcanti | 31/12/2023 07:30
Loja de acessórios no Centro de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Loja de acessórios no Centro de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Campo Grande foi "palco" de 18,3 mil novas pequenas empresas, entre janeiro e novembro de 2023, segundo dados da Receita Federal, divulgados pelo Sebrae. O montante representa, em média, 55 novos negócios abertos por dia.

Para que em 2024 esse número seja ainda maior, a tendência do mercado está na Inteligência Artificial; sustentabilidade e engajamento social.

As principais atividades econômicas do ano passado foram: comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (1.022); promoção de vendas (1.009), cabeleireiros, manicure e pedicure (659); obras de alvenaria (552); e fornecimento de alimentos para consumo domiciliar (503).

Considerando as regiões de Campo Grande, 21% das microempresas estão no Anhanduizinho; 20% no Centro; 15% na região da Bandeira; 13% na região da Lagoa; 11% no Prosa e na Mata do Segredo; e 9% no Imbirussu.

A Receita Federal informou ainda que Campo Grande tem 115 mil pequenos negócios ativos, o que representa 41% do total de empresas desse porte em Mato Grosso do Sul. A taxa de sobrevivência desses estabelecimentos é de 80,53%, segundo o Sebrae.

Deste total, estão distribuídos em 54,6% para o setor de serviços; 26,9% comércio; 18% indústria; e 0,50% no agronegócio.

Há quase 1 mês, Roberto Barbella entrou para a estatística e resolveu abrir uma sorveteria, no Bairro Santo Amaro, em Campo Grande.

Ele saiu do ABC Paulista e veio a Campo Grande para ficar mais próximo das filhas e dos netos. Com o tempo, foi amadurecendo a ideia de abrir uma pequena empresa.

Roberto abriu uma sorveteria pequena no bairro Santo Amaro (Foto: Arquivo pessoal)
Roberto abriu uma sorveteria pequena no bairro Santo Amaro (Foto: Arquivo pessoal)

"Resolvi montar uma pequena sorveteria por me sentir acolhido e seguro para participar da vida social e comercial da cidade e mais especificamente do bairro em que estou, o Bairro Santo Amaro", explicou.

Por ser um estabelecimento pequeno, Roberto diz que ainda não contratou funcionários, mas que em breve irá gerar empregos.

"Tenho por mim que essa cidade tem muitas oportunidades, além disso, o calor me incentivou e motivou ardentemente a abrir uma sorveteria", contou.

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No que investir em 2024? – A consultora de empresa, Andresa Lima, pontua alguns indicadores do rumo que o mercado está tomando, como por exemplo, a era da IA (Inteligência Artificial) e autonomia; sustentabilidade e escolhas conscientes; foco no bem-estar integral; e engajamento social e ecológico.

"Estamos sendo invadidos por uso de IA e isto vai acelerar a nossa vida, proporcionando que economizemos tempo, que tenhamos informações com mais agilidade, isto muda a forma que aprendemos a aprender, iremos precisar adaptar-se, tanto para indivíduos quanto para organizações", destacou.

Sobre um ramo específico para investir, ela diz que não é possível afirmar, já que depende do comportamento do consumo.

"As tendências saem baseada em comportamento. Então todos os segmentos são maculados conforme comportamento de consumo. Essas tendências não são apenas indicadores de onde o mercado está se dirigindo, mas também são um chamado para ação e inovação".

Na visão do analista-técnico do Sebrae, Paulo Maciel, também é difícil acertar em qual ramo apostar para o próximo ano. Se levar em consideração a pesquisa divulgada, as empresas mais abertas neste ano foram do ramo do comércio varejista, com artigos de vestuário e acessórios.

“É difícil falar qual seria a melhor aposta. Esse, por exemplo, é um tipo de atividade que é mais simples de abrir, pode se formalizar e trabalhar de casa, não exige nada muito específico para abrir, talvez essa facilidade pode levar as pessoas a abrir um MEI. Ao contrário, se for abrir alguma coisa na área de alimentação que precisa ter toda uma licença, já é mais complexo”, destacou.

O profissional destaca ainda que Mato Grosso do Sul tem pontos positivos para abertura de novas empresas.

“Nós temos fatores positivos na economia nacional, como desempenho favorável da balança comercial; redução da taxa de juros; certo controle da inflação. Aqui no MS temos outros fatores que podem influenciar também, como a redução do tempo de abertura de empresas; a chegada de grandes investimentos  e empreendimentos no estado, que incentivam a abertura de pequenos negócios para suprir as demandas geradas”, exemplificou.

Maciel também orienta para que o empreendedor conheça o ramo em que quer investir, além de fazer um plano de negócio. “Um aspecto fundamental nesse sucesso, é o empreendedor estar preparado de forma adequada para abrir uma empresa. É importante ele conhecer o ramo de negócio pretendido, conhecer seu cliente, os custos que ele vai ter, saber elaborar um preço adequado para seu produto, enfim, fazer um bom plano de negócio”, orientou.

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