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Direto das Ruas

Vídeo mostra confronto entre funcionários e policiais em frigorífico Beef Nobre

Lidiane Kober | 03/09/2013 16:44

Vídeo encaminhado por leitor do Campo Grande News, nesta terça-feira (3), mostra detalhes da confusão de funcionários do Frigorífico Beef Nobre e sindicalista com policiais, no início da manhã de ontem (2). O confronto resultou na prisão de quatro pessoas, lideradas nesta terça-feira.

Com ânimos exaltados, houve empurra-empurra entre funcionários e policiais, além de troca de provocações. “Pode atirar, pode atirar, nós estamos aqui para isso, estamos vendo quem são vocês”, disse um trabalhador aos policias. “Queremos greve, queremos greve”, emendaram os funcionários, em coro.

No início da gravação, disparos são ouvidos, mas não é possível identificar de onde eles partiram. “Ta machucando”, dizia uma mulher. “Palhaçada”, reclamava outro trabalhador. Os policiais, por sua vez, seguiam em silêncio e apenas continham os funcionários.

Clima esquenta - No meio do vídeo, surgem dois trabalhadores, supostamente alvos de tiros de bala de borracha. Eles apontam ferimentos e se aproximam dos policias, que pedem licença e, sem sucesso, atiram contra o chão. O clima esquenta e eles trocam empurrões e insultos.

Na sequência, um dos trabalhadores, supostamente alvo de tiro de bala de borracha, é carregado pelo pescoço por um policial. O trabalhador acaba detido no camburão, ao lado de outro funcionário. Os policiais afirmavam que um deles estava “embriagado”. Em resposta, uma mulher dizia: “Somos trabalhadores, acordamos às 4h da manhã”. “Essa é a Justiça do Brasil, tem um monte de vagabundo aí fora”, afirmava outro funcionário.

Livres – Além dos dois funcionários, Fabiano Pereira Alves e Cristiano Rodrigues Duarte, acabaram atrás das grades por conta do confronto, Alexandre Costa, vice-presidente da Cassems e presidente do Sintss (Sindicato da Seguridade Social), e Ricardo Bueno, presidente do Conselho Estadual de Saúde e representantes da CUT. Na manhã de hoje, a Polícia Civil liberou os quatro.

Desde a manhã de segunda-feira, os trabalhadores do frigorífico cruzaram os braços, e iniciaram negociação salarial com os dirigentes da empresa. No fim da tarde, a conversa entre patrões e empregados se encaminhava para um acordo, quando a ação policial teria atrapalhado.

Os trabalhadores pedem um aumento salarial de 9%, além do valor do vale refeição que subiria de R$ 60 para R$ 100, participação dos lucros da empresa de R$ 430 para R$ 700 e folga aos sábados, já que eles folgam somente uma vez ao mês, sendo o único frigorífico da Capital que trabalha dessa maneira. 

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