Se não quer saber de praia nestas férias, escolha seu destino em MS
Viajar para lugares de turismo de natureza é como sair do lugar-comum sem abrir mão da diversão e dos prazeres de suas férias
Já está cansado de viajar para destinos de praia nas férias de fim de ano? Então talvez seja a hora de planejar seu recesso sozinho ou em família nesta virada de 2019 para 2020 sem sair de Mato Grosso do Sul, como se aventurar pelo Pantanal, a maior planície alagada do mundo, e passear de barco pelas águas do Rio Paraguai.
A ideia de mudar o rumo das suas férias em praias paradisíacas, normalmente em áreas urbanas agitadas, para lugares de turismo rural e de natureza, no mínimo já soa como sair do lugar-comum sem abrir mão da diversão e dos prazeres de uma viagem. E não é só isso. A escolha significa se dar a chance de conhecer melhor seu próprio estado.
Opções rurais é o que não falta. Mato Grosso do Sul tem uma grande diversidade de destinos de natureza, dos mais conhecidos, como o Pantanal e Bonito, por exemplo, aos menos procurados pelos sul-mato-grossenses. Veja abaixo cinco alternativas para você curtir suas férias de verão por aqui mesmo:
1 – Impossível não pensar no Pantanal:
Se a ideia é contemplar a natureza, com certeza é impossível não pensar no Pantanal. São tantos atrativos que fica até difícil a escolha sobre o que fazer durante o passeio, preferencialmente acompanhados de guias. São 230 espécies de peixes, 650 tipos de aves, 80 espécies de mamíferos e 50 espécies de répteis. É um dos principais destinos de turismo ecológico do Brasil, com fama internacional.
Partindo de Campo Grande, o acesso ao Pantanal é pela rodovia BR-262. No caminho, a primeira cidade já com ares pantaneiros é Aquidauana, a 140 km, depois vem Miranda, município fundado em 1778 e conhecido como Portal do Pantanal por ter parte de sua área urbana em território pantaneiro, até chegar em Corumbá, uma espécie de capital do Pantanal.
É uma região com muitas ofertas de turismo rural e contato direto com a natureza. Os pacotes normalmente incluem a gastronomia pantaneira, ou seja, a base de peixes da região (pintado, pacu e piraputanga) preparados com ingredientes locais, mas não dúvida de que a carne bovina também estará no cardápio, afinal a pecuária é o forte da atividade rural no Pantanal.
Só não esqueça de levar seu repelente, óculos de sol, protetor solar, chapéu ou boné, roupas leves e não coloridas para não perturbar os pássaros, botas ou tênis, capa de chuva e agasalho, além de câmera fotográfica e binóculos.
2 - Passeio de barco pelo Rio Mimoso:
Incluir Bonito no roteiro é quase uma obrigação. Entre todas as atrações que Bonito oferece, você pode escolher, por exemplo, passear de barco nas águas do Rio Mimoso em um barco movido a energia solar.
É o Biguá, a nova atração na Estância Mimosa, distante 25,3 km em relação ao centro de Bonito. Com o nome de uma das aves aquáticas mais avistadas na zona rural do município, o barco de modelo Safari 7.0 M, equipado com duas placas solares adaptadas para tocar o motor elétrico, tem capacidade para 15 pessoas sentadas.
3 – Flutuação na nascente do Rio Olho D’água em Jardim:
É um belo e divertido passeio, do tipo que vale a pena pelo contato direto com a natureza. Mais do que passear é flutuar na nascente do Rio Olho D'água, uma imensa piscina natural em Jardim, município distante 234 km de Campo Grande. O Rio Olho D'água é afluente do Rio da Prata, um dos principais rios da região.
São 2 km de caminhada por uma trilha de acesso à beira do Rio da Prata. Se você estiver ansioso para flutuar, até pode considerar o trecho longo, mas nem irá perceber. A trilha é interpretativa, uma espécie de aula prática de educação ambiental, e além dos ensinamentos dos guias sobre a importância de se respeitar e preservar a natureza, ainda há a chance de avistar quatis, macacos, queixadas, cotias, tamanduás, catetos, diferentes espécies de aves, orquídeas, bromélias e árvores centenárias.
Há um limite de 9 pessoas nos grupos formados para a flutuação. Logo que chegam na sede da fazenda Recanto Ecológico Rio da Prata, localizada a 36 km de Jardim e a 52 km de Bonito, na região do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, todos recebem os equipamentos obrigatórios, como o traje de neoprene 5mm, máscara e snorkel (aparelho que permite ficar submerso e respirar normalmente) e também as orientações sobre cuidados e o que não usar antes de cair na água. Por exemplo, repelentes e filtro solar não são permitidos, e deparar com sucuri e jacaré não é comum, mas pode acontecer.
4 - Na Boca da Onça, o nome assusta, mas a cachoeira encanta:
É a mais alta cachoeira de Mato Grosso do Sul e uma das mais altas do Brasil com 156 metros. Fica em Bodoquena, a 271 km de Campo Grande, um dos municípios que fazem parte da unidade de conservação Parque Nacional da Serra da Bodoquena.
Só a contemplação ao parque e sua imensa diversidade de aves e mamíferos já faz valer a pena, mas Bodoquena é famosa pela grande quantidade de cachoeiras abertas à visitação. Na trilha ecológica da Boca da Onça, em meio a 4 km de mata, você tem a chance não apenas de contemplar as belezas da natureza do lugar, mas até mergulhar em piscinas naturais de água transparente e ainda tomar banho debaixo de algumas cachoeiras. É importante saber que nem todas possuem pontos de banho para os turistas.
O centro de tudo é a Fazenda Boca da Onça. A propriedade privada tem área de 55% de reserva natural e 45% de produção pecuária, distante 36,3 km em relação ao centro da cidade de Bodoquena com acesso pelo receptivo da Boca da Onça. Na fazenda os passeios são acompanhados de guias preparados, e lá você recebe as recomendações essenciais sobre o que é permitido pelas regras de conservação do meio ambiente.
5 – Tente desvendar a Lagoa Misteriosa:
Para quem curte aventura na natureza, o município de Jardim tem várias opções. Uma delas é mergulhar na Lagoa Misteriosa, um dos atrativos turísticos mais procurados neste destino a 237 km de Campo Grande e a 69 km de Bonito.
É uma lagoa de 30 metros de largura e 60 de cumprimento, localizada na fazenda Recanto Ecológico Rio da Prata, a 36 km do centro de Jardim. O mistério está na sua profundidade desconhecida. De todas as tentativas de se chegar ao fundo, a marca mais profunda foi registrada em 1998 pelo mergulhador Gilberto Menezes de Oliveira, que atingiu 220 metros sem conseguir o objetivo.
O passeio de mergulho com cilindro envolve três categorias: Batismo (profundidade máxima de 8 metros), indicado para os visitantes que não possuem curso de mergulho; Mergulho Autônomo Básico (18 metros) para quem possui certificação Open Water Scuba Diver; Mergulho Avançado (25 metros) para quem tem a certificação Advanced Open Water Scuba Diver, e Mergulho Técnico (60 metros) para mergulhadores com o curso Cave Diver e Normoxic Trimix Diver.
As atividades incluem flutuação (R$ 166 por pessoa) e mergulho com cilindro (R$ 400 por pessoa com direito aos equipamentos necessários). Outra opção para quem realiza o passeio na lagoa é o almoço servido na sede do Recanto Ecológico Rio da Prata ao preço de R$ 56 por pessoa.