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Veículos

Revisão pré-viagem: A bateria do veículo também merece atenção

Márcio Martins | 28/12/2015 20:56
Revisão pré-viagem: A bateria do veículo também merece atenção

Para muitas pessoas, férias é a época do ano mais esperada. Se o veículo for o meio de locomoção escolhido, é fundamental que se inclua a bateria no check list de revisão. Esse é o alerta de Marcos Randazzo, engenheiro de aplicação da Johnson Controls, fabricante dos produtos da marca Heliar. “O aconselhável é que a revisão da bateria aconteça a cada seis meses. Porém, muitas pessoas só se lembram de que ela existe quando surge um problema”, ressalta.

O especialista reforça ainda a necessidade de se dar atenção ao alternador, peça-chave no sistema elétrico do veículo, sendo responsável por abastecer os componentes eletrônicos do automóvel, quando o motor está em funcionamento. É ele também que produz a energia armazenada na bateria, que, por sua vez, fica responsável pela partida do automóvel, além de alimentar todo o sistema elétrico quando o carro está desligado. “Em geral, a revisão demora cerca de 10 minutos, que podem salvar o motorista de muitos transtornos durante os trajetos”, conta Randazzo.

Quatro checagens essenciais
De acordo com Randazzo, é importante que a revisão da bateria seja realizada por profissionais especializados, munidos de conhecimento técnico e equipamentos adequados, que estejam atentos a quatro checagens:
1. Funcionamento – Verifica se alternador e bateria estão operando em condições adequadas;
2. Visual – Checa se os terminais estão devidamente conectados aos polos e se estes apresentam sinais de oxidação que exijam limpeza;
3. Nível da água – Hoje, a maioria dos modelos de baterias é selada, mas, ainda assim, é possível verificar o nível do líquido. Enquanto umas são fabricadas com embalagens translucidas, outras possuem indicadores externos;
4. Fixação – Checa se a bateria está adequadamente instalada no suporte, evitando assim dados internos ao produto.

Atenção ao mau uso
Ligar e desligar o motor sucessivamente em períodos curtos ou deixar luzes, faróis, lanternas e som ligados com o motor desligado são hábitos que podem reduzir significativamente a vida útil da bateria. A instalação de acessórios que não são originais de fábrica ou não estavam previstos para o veículo, também podem resultar em problemas. De acordo com Randazzo, a redução da vida útil pode ser causada por defeitos como:

• Sobrecarga – significa que a bateria do veículo está recebendo uma quantidade de energia superior a que ela é capaz de suportar (Tensão de trabalho deverá estar de 13,5 a 14,5 Volts);
• Subcarga – indica que o alternador não está enviando ao sistema elétrico e à bateria a quantidade necessária de energia;
• Fuga de corrente – caracterizada pelo consumo de energia quando o veículo está desligado, como, por exemplo, por meio de algum componente eletrônico mal instalado; e
• Desequilíbrio elétrico – quando o alternador não consegue suprir a necessidade de energia demandada de todos os componentes elétricos e eletrônicos, fazendo com que a bateria se descarregue completamente.

Você sabia que o descarte correto da bateria é lei?

A Lei CONAMA nº257 estabelece que o fabricante é obrigado a proceder à coleta das baterias chumbo-ácido esgotadas e inservíveis com o intuito de dar a destinação ambiental correta aos rejeitos tóxicos destes produtos.

Sendo assim, o consumidor deve entregar a bateria esgotada a qualquer estabelecimento em que o produto é comercializado. Desta forma, a bateria retorna ao fabricante por meio do comerciante, que é obrigado a recolher toda bateria que lhe for entregue pelos consumidores, clientes e terceiros independentemente de ter aquele estabelecimento comercializado ou não o produto em questão.

É dever de todos contribuir para o atendimento da legislação vigente e para a preservação do ambiente.

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