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Veículos

Testamos a Toyota Hilux SRX 2019

Márcio Martins | 15/04/2019 21:17
Fotos Márcio Martins
Fotos Márcio Martins

Para se manter líder, a Toyota Hilux precisa renovar para encarar seus concorrentes, Chevrolet S10, Ford Ranger, Mitsubishi L200, VW Amarok e Nissan Frontier. E ainda chega em breve a Renault Alaskan, Mercedes-Benz Classe X, JAC (sem nome definido) e a nova RAM que tem previsão de ser lançada em 2022.

Por isso, as marcas não param de apresentar melhorias e novidades. A Hilux 2019 é a prova disso,  as mudanças foram sutis, mas para o fiel cliente da marca continua com os mesmos adjetivos: confiável, durável e suficiente para entregar o que promete.

Testamos a Toyota Hilux SRX 2019
Testamos a Toyota Hilux SRX 2019

Quando nasceu em março de 1968, a picape da Toyota era equipada por um propulsor de 70 cv de 1.5 litro. O chassi era separado por uma suspensão dianteira de molas triangulares. Sua transmissão acompanhava caixa manual de quatro velocidades. Comportava até três passageiros e carga de até 1.000 kg.

As primeiras unidades da Hilux desembarcaram no País em 1992, oriundas do Japão, ano marcado pela abertura a produtos importados no mercado doméstico. Naquele mesmo ano, a Toyota encerrou o período com cerca de 400 unidades comercializadas.

Com a chegada da oitava geração, em 2015, a Hilux vem ampliando tradição e superar barreiras continentais. Vinda da Argentina, o modelo é exportado, além do Brasil, para outros 21 destinos.

Ao final de 2018 a Toyota lançou a edição limitada chamada de 50th Anniversary, que comemora os 50 anos da picape. Recebemos esta versão para teste durante sete dias, que foi emprestada pela montadora. O modelo usa como base a versão topo de linha SRX.

No visual poucas mudanças, mas o destaque fica por conta da nova dianteira, que ganhou grade mais moderna, faróis e para-choque redesenhados, já na traseira não teve mudanças. As rodas de 18 polegadas conta com novo design.

Testamos a Toyota Hilux SRX 2019
Testamos a Toyota Hilux SRX 2019
Testamos a Toyota Hilux SRX 2019

Internamente a versão que testamos conta com os assentos de couro perfurado, sendo que o banco do motorista tem ajuste elétrico. O painel de instrumentos tem iluminação na cor branca, interior preto em acabamento black piano, espelho retrovisor interno eletrocrômico e luz de condução diurna em LED.

Além disso também vem com, airbags laterais e de cortina (totalizando sete), Smart Entry e Push Start, assistente eletrônico de subida (DAC), luz de condução diurna, retrovisor eletrocrômico e partida sem chave (por botão).

Por dentro a Hilux 2019 ganhou poucas alterações comparado com a versão anterior, no painel segue a mesma central multimídia com sete polegadas que reproduz DVD, CD, MP3 e tem câmera de ré, além de navegador, com comandos pouco intuitivo. Por conta do tamanho da camionete, poderia ter sensor de estacionamento dianteiro para ajudar nas manobras em vagas apertadas.

Na parte mecânica não houve mudanças, o modelo vem equipado com o mesmo motor diesel D-4D 2.8L 16V Turbo de 177cv de potência a 3.400 rpm, 45,9 kgfm entre 1.600 e 2.400 rpm e câmbio automático sequencial de 6 marchas, 4x4, com reduzida e bloqueio de diferencial com seleção por botão.

Testamos a Toyota Hilux SRX 2019

Como a versão testada é a topo de linha, ficou devendo freio de mão eletrônico, sensor de estacionamento dianteiro e ar condicionado de duas zonas, que conta apenas com uma seleção de temperatura digital.

O volante multifuncional é bem completo, mas um pouco pesado em manobras parado, poderia ser elétrica, e ainda continua com a antiga haste do piloto automático usada no Corolla 2003.

Ao lado da alavanca de câmbio, há os comandos dos modos Eco e Power, que o motorista pode escolher entre uma condução mais econômica ou mais forte, que altera as rotações do motor nas trocas de marchas.

Testamos a Toyota Hilux SRX 2019
Testamos a Toyota Hilux SRX 2019

Na versão que testamos tem bancos confortáveis, sendo que o do motorista tem ajustes elétricos. O acabamento geral é muito bom, mas sem novidades, sendo que as portas possuem mesclas de couro, plástico e tonalidades, com maçanetas cromadas, frisos de cor cinza e base dos comandos dos vidros em preto brilhante.

Atrás, mais espaço que a Hilux anterior, tendo também saídas de ar condicionado e ganchos retráteis para sacolas. O assento leva três e conta com conjunto completo de cintos e apoios, bem como Isofix.

No trânsito do dia a dia, o velho problema de sempre, sem carga a picape pula bastante em pisos irregulares, chega a incomodar. Ponto positivo e o silêncio aborto, o motor passa pouco ruído para o interior. Apesar dos 177 cv de potência dar conta do recado, em arrancadas saindo da imobilidade, demora pra embalar, precisando ter mais cuidado pra atravessar uma via movimentada por exemplo, mas depois de 2 mil rpm mostra sua força.

Pelo valor pedido poderia vir com freio a disco nas quatro rodas assim como na Amarok V6.
A tampa traseira poderia trancar junto com as portas, como algumas picapes.


Destaque para os excelentes faróis Full Led, tem um ótimo faixo de luz iluminando muito bem qualquer tipo de terreno.

Fizemos uma viagem curta, próximo da cidade de Bandeirantes, lá fomos até uma fazenda, para testar na prática suas aptidões off-road, como já era de esperar a camionete passa com facilidade pelos obstáculos das estradas de terra. No teste não percebemos entrada de poeira dentro da cabine. Na rodovia fez média de 12 km/l de diesel, boa média para uma picape desse tamanho.

No resumo a Hilux tem todos os atributos que o consumidor busca: fácil revenda, robustez e confiabilidade. Porém os contras é o seu preço e o valor do seguro que é bem salgado, passando facilmente dos sete mil reais dependendo do perfil.

Agradecimento pela Toyota do Brasil pelo empréstimo do veículo. Fotos e Texto Márcio Martins

Testamos a Toyota Hilux SRX 2019
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