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Veículos

Venda de veículos cai no primeiro semestre – é hora de comprar?

Reinaldo Domingos | 03/07/2014 09:10
Divulgação.
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O último semestre foi marcado pela queda de vendas de veículos novos no Brasil. Para se ter ideia os números de vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus tiveram uma queda 7,56% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2013, somando 1.662.903 unidades emplacadas de janeiro a junho, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Essa queda é gerada por vários motivos, como o período de Copa do Mundo, pelo alto endividamento da população nos últimos anos e o panorama econômico, que demonstra a necessidade de cautela. Além disso, também ocorreu a volta da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que refletiu no aumento no preço dos veículos, o que já vem sendo repensada pelo Governo.

Assim fica a questão, chegou a hora de comprar esse bem? Por mais que o momento seja positivo, acredito que seja interessante um pouco de cautela e aguardar os próximos meses, quando pode ocorrer novamente a isenção do IPI, por exemplos. Mas, para quem está decidido e quer aproveitar esse momento para melhor negociar essa compra, com certeza encontrará muitas promoções, pois os pátios das fábricas estão abarrotados e com as vendas de automóveis em queda o poder de argumentação é muito maior.

Assim, as promoções são ótimas, devem ser aproveitas se planejadas, contudo, o grande problema que observo é que a maioria dos consumidores só pensa nos valores da compra do veículo e das prestações que pagará mensalmente, esquecendo que isso ocasionará diversos outros custos, como despesas de manutenção, combustível, manutenção, IPVA, seguros, licenciamento, lavagens e, até mesmo, possíveis multas.

Em média, o custo mensal equivale, em média, a 3% do valor do carro, assim, manutenção de um veículo de 20 mil reais, por exemplo, tem um custo de aproximadamente 600 reais mensais.

Para saber o momento certo de adquirir um veículo é preciso descobrir em que situação financeira o consumidor se encontra, para tanto separo em três grupos a situação das finanças pessoais: os endividados, os equilibrados financeiramente e os poupadores, e cada um desses grupos devem tratar a compra de formas diferentes.

Os endividados não devem nem pensar em comprar um veículo nesse momento, a prioridade deve ser sair das dívidas e um custo a mais em seu orçamento é praticamente assinar o certificado de falência financeira. A prioridade no momento deve ser resolver os problemas com finanças pessoais, reduzindo gastos desnecessários e caso tenha o sonho de ter um veículo, este deve ser planejado em um prazo longo de tempo, quando, além do fim das dívidas, essa pessoa já tenha feito uma poupança que dará a garantida de que pode comprar com reservas para os gastos extras que terá.

Os equilibrados financeiramente também preocupam, pois, por não possuírem dívidas pensam que essa é hora de “investir” em um novo veículo ou em trocar o que já possui, agindo por impulso. Mas, não percebem que não possuem dinheiro em caixa para comprar à vista e que para um financiamento longo é necessário planejamento. Tornando esta compra o grande passo para sair do equilíbrio financeiro, se tornando endividado. Sem contar que se esquece do valor de manutenção que este veículo acrescentará em seu orçamento financeiro.

O consumidor equilibrado deve refletir sobre se realmente quer esse bem de consumo, e caso a resposta seja positiva, iniciar imediatamente uma poupança, que terá como objetivo a troca., nunca se esquecendo dos gastos extras.

Para os poupadores o momento é de análise, tendo que refletir se é realmente necessário um novo veículo, se for e tiver dinheiro para compra a vista, essa é uma boa hora. Se faltar alguma quantia que terá que financiar,pode até fazer, mas, cuidado para que a parcela caiba em seu orçamento mensal e que também tenha dinheiro para os gastos de manutenção.

Caso a pessoa já possua um veículo e queira outro, terá que refletir quais as vantagens de um novo carro e se os gastos de dois veículos não são arriscados. Sempre reforço que um veículo não é investimento, em função de sua rápida desvalorização. O consumo de bens deve sempre estar associado a reais necessidades e não a impulsos consumistas do momento.

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