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“A Sustentabilidade no Projeto e na Construção Civil Hospitalar”

Por Ricardo Ayache (*) | 19/09/2015 08:45

A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, em meados dos séculos XVIII e XIX, foi um divisor de águas nos modelos e métodos de produção e fabricação de produtos de diversas espécies. Em quase três séculos, a indústria evoluiu sobremaneira. Passamos da produção artesanal para alta tecnologia que temos hoje em um salto. Criamos novas máquinas, processos de produção e, principalmente, novas fontes de energia. Iludida com tamanha velocidade do desenvolvimento das novas tecnologias, a humanidade não percebeu que esse caminho a levaria rumo a um problema ainda maior que só compreendemos há pouco tempo. A industrialização em grande escala nos trouxe muitos benefícios, porém, em contrapartida, nos levou a entender que nossos recursos naturais não são ilimitados e o uso indiscriminado destes tem causado impactos ambientais sem precedentes.

Ao lado da pecuária e da agricultura, o setor da construção aparece como um dos principais vilões desta degradação. A extração de matéria-prima de forma abusiva, o processo de produção, que é um grande consumidor de energia, e o imenso volume de resíduos gerados são os grandes males que a evolução industrial e tecnológica nos trouxe. Sendo esta situação uma realidade, urge que encontremos novas formas de continuar esta escalada evolutiva da indústria com novos conceitos que caminhem lado a lado com a preservação e manutenção dos recursos naturais, que não são importantes apenas para a produção, mas, principalmente, para a sobrevivência da nossa espécie.

São vários os aspectos relacionados com o conceito de sustentabilidade e, todos eles, tangem a vida de cada um de nós. Os aspectos econômicos e sociais devem andar lado a lado com a questão ambiental para que, dessa forma, possamos buscar um meio de crescer economicamente, garantindo a justiça social e a preservação do meio ambiente.
Desde a sua criação, a Cassems se propôs a cuidar da saúde e melhorar a qualidade de vida dos seus beneficiários. E quando falamos em melhorar a qualidade de vida, não nos limitamos em oferecer um melhor atendimento ou melhores estruturas, mas, também, em trilhar esse caminho com responsabilidade com a Saúde da população e com a sustentabilidade dos recursos naturais. Foi pautada nesses princípios que ao iniciar a construção do 9º hospital da nossa Rede Própria, na Capital, utilizamos um método construtivo de acordo com as mais modernas práticas sustentáveis. Segundo o arquiteto especialista em temas ecológicos, Brian Edwards, autor de vários livros sobre o tema, em seu Guia Básico para a Sustentabilidade, aArquitetura e o Urbanismo têm um papel importante nessa problemática e projetar deforma sustentável significa criar espaços saudáveis, viáveiseconomicamente e sensíveis às necessidades sociais.

Quando resolvemos construir o Hospital de Campo Grande, buscamos um projeto que possibilitasse maior flexibilidade, maior eficiência nas áreas construídas, com conceitos modernos e que permitam um ambiente mais humanizado, rapidez na construção, racionalização da mão-de-obra com máxima economia.Este será o primeiro prédio vertical de Campo Grande com estrutura metálica e, além da redução do tempo de execução da obra, o maior ganho é a redução do impacto ambiental, com uma obra “limpa” e com poucos resíduos gerados e reaproveitamento de águas de chuva.

Modernidade, inovação e vanguarda são sinônimos que traduzem a obra do Hospital Cassems de Campo Grande, que, no primeiro quadrimestre de 2016, será entregue aos servidores públicos e a toda a população da Capital e do Estado.

(*) Ricardo Ayache, presidente da Cassems

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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