"Alô, vizinho!": campanha estimula em MS denúncia de violência contra mulher
Objetivo é estimular a denúncia de casos de violência que aumentaram durante o isolamento decorrente da pandemia da covid-19
Com 18 feminicídios registrados em Mato Grosso do Sul, o estado integra campanha do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos denominada “Alô, vizinho!”. O objetivo é estimular a denúncia de casos de violência contra mulher que aumentaram durante o período da pandemia da covid-19, por conta da convivência forçada com agressor.
A Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM), coordenadora da campanha disponibilizou o material gráfico que já conta com o apoio do Estado. Clique aqui para ter acesso ao material.
O material informativo da campanha indica os canais para o registro de denúncias. Destaca o número do Ligue 180, o aplicativo Direitos Humanos Brasil e o endereço do portal da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH). Além disso, apresenta orientações de segurança para as mulheres e informações com exemplos de atos de violência previstos na lei Maria da Penha.
A subsecretária Estadual de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja, disse que a campanha é importante principalmente nesse período de pandemia do novo coronavírus (covid-19), principalmente por conta do convívio forçado entre casais, aumentando possibilidade de casos de agressão. “A denúncia de um vizinho ao escutar ou presenciar uma agressão pode salvar a vida dessa vítima”, disse Luciana.
Além do Mato Grosso do Sul, os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Goiás, Maranhão, Paraná, Rondônia, Roraima e Tocantins. Lembrando que por meio da central do Ligue 180, é possível registrar denúncias e obter informações sobre os direitos das mulheres, inclusive com garantia de anonimato. O serviço funciona 24 horas, todos os dias, inclusive finais de semanas e feriados. Pode ser acionado de qualquer lugar do Brasil e de vários outros países no exterior. Porém em caso de urgência o recomendado é ligar para a Polícia Militar no número 190.
Em Mato Grosso do Sul, foram registrados 18 feminicídios este ano, o último, no dia 26 de junho, em Chapadão do Sul, a 321 quilômetros de Campo Grande. Aldennir Clara da Silva, 35 anos, foi morta com 24 facadas pelo marido, na frente da mãe e do filho. O marido, Veranilto Silva, fugiu depois do crime.
Em Campo Grande, está em investigação o assassinado de Carla Santana Magalhães, jovem de 25 anos que foi seqüestrada na terça-feira (30) e foi estuprada e asfixiada. O corpo foi deixado na calçada de estabelecimento comercial, a poucos quadras de casa.