Alta na covid deve derrubar ensino híbrido
Governador antecipou em evento que vai anunciar amanhã sugestão dada pela Saúde para rede pública
A retomada das aulas na REE (Rede Estadual de Ensino) previstas para acontecer em um sistema híbrido, mesclando aulas presenciais e aulas à distância, pode nem sequer sair do papel com a alta da covid-19 em Mato Grosso do Sul e redução drásticas de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) em várias cidades.
Segundo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) antecipou em evento de entrega de veículos escolares nessa tarde de segunda-feira (8), ações para conter a covid-19 devem ser anunciadas amanhã em live no Facebook do Governo do Estado.
Uma delas deve atender sugestão da pasta de Saúde sobre o retorno das aulas na rede estadual. Mais cedo, o secretário Geraldo Resende já havia frisado ser a favor que as aulas permaneçam apenas à distância nas escolas estaduais e também nas privadas.
"Não tem nenhuma grande medidas restritiva a ser anunciada. Amanhã na live vamos tratar da recomendação da área da saúde pública, que nos fez uma sugestão sobre as aulas", explica o governador em conversa com a imprensa após a solenidade, sem cravar qual será a mudança anunciada, mas deixando claras as pistas de qual caminho tomará.
Quem também falou com a imprensa, mas de forma breve, foi a chefe da SED (Secretaria de Estado de Educação), Maria Cecília Amêndola da Mota. Ela também não garantiu nada durante a entrevista, mas ao ser questionada sobre o retorno híbrido, esquivou.
"Agora vamos voltar remotamente", disse, sendo indagada sobre a previsão de aulas híbridas em abril. "Previsto, né. Entre previsto, melhorar e ter vacina, há uma distância. Vamos aguardar", respondeu logo em seguida.
Fórum dos Governadores - Outro tema abordado na entrevista com o governador foi uma possível mudança do horário do toque de recolher - Geraldo pediu para que ele seja ampliado para às 20h. Contudo, nesse tema, Reinaldo refutou alguma medida de pronto e ainda revelou que essas questões devem ser tomadas em conjunto com outros estados.
"O toque de recolher não vamos tratar de forma isolada. Se o Fórum entender que devemos reduzir para frear o maior volume de pessoas circulando, vamos tomar essa decisão de forma conjunta. Não serão decisões isoladas", explica, acrescentando que serão medidas comuns a todos estados brasileiros que devem ser melhor abordadas amanhã.
Segundo o governador sul-mato-grossense, os estados hoje apresentam situações semelhantes quanto ao limite de leitos ocupados e houve um entendimento vários deles que medidas isoladas estado por estado não funcionariam.
"Existe uma migração alta de pessoas, então foi idealizado esse grupo para medidas conjuntas. Isso tudo pode diminuir também se a população tiver consciência, evitar festinhas, aglomerações, máscaras, manter a higiene pessoal Se todo mundo ajudar, diminui o número de infectados e do uso de leitos", frisa.
Azambuja ainda conta que, até quando chegou, 24 das 27 unidades federativas do país já tinham feito adesão, entre elas Mato Grosso do Sul, ao grupo que vai tratar das medidas de contenção da covid-19 em conjunto no país.