Anúncio de eclipse provoca “corrida” para comprar lentes especiais na Capital

Para conseguir ver o eclipse anular do sol, que acontece neste sábado (14), campo-grandenses saíram em busca dos óculos “especiais” recomendados para visualização segura do fenômeno natural. O que muitos não contavam era que o óculos de soldador nº14, ideal para a observação, estaria em falta nas lojas. A vontade em conseguir ver o semi arco de fogo era tanta que clientes optaram por levar graus mais baixos do que o indicado só para não perder a chance.

O leitor e servidor público Murilo Leite, procurou o Campo Grande News para relatar a dificuldade em encontrar o item para os filhos. Nesta sábado ele foi em duas lojas na cidade, mas não achou o objeto. Ao entrar nas lojas Central Máquinas e Ferramentas e Paulão Parafusos e Ferramentas, os vendedores o abordaram, brincando, que já sabiam o que ele estava procurando.

Eles informaram que a busca se intensificou nesta sexta-feira (13), e que o estabelecimento está sem estoque do item. As lentes custam em torno de R$2,00 e não são as preferidas dos soldadores, justamente por serem muito escuras.

A reportagem esteve nas lojas Sertão e Soldamac e a resposta foi a mesma “não temos os óculos”. De acordo com os gerentes, os acessório de segurança acabaram ainda ontem e a procura aumentou consideravelmente. A unidade vende apenas até o grau nº 12.

Já na Sertão, localizada na Rua 13 de maio, às lentes de soldador são encontradas apenas nos graus nº6 e nº10. Apesar disso, clientes adquiriram graus mais baixos em ambas as lojas.

Fenômeno - O eclipse solar poderá ser visto parcialmente por 2h26 minutos em Campo Grande. O início do fenômeno será às 14h25, com cobertura máxima às 15h43 e término às 16h51. Na capital sul-mato-grossense, a observação acontecerá às 15h no Museu das Culturas Dom Bosco, Parque das Nações Indígenas.

Cuidados - De acordo com o oftalmologista Breno Leão, a exposição direta ao sol durante um eclipse solar anular pode causar problemas oculares, incluindo ressecamento ocular agudo, ceratopatia ultravioleta e queimaduras solares perioculares. Em casos mais graves, podem ocorrer danos irreversíveis, como a retinopatia solar, que afeta diretamente a retina, prejudicando a visão.

Ele aconselha o uso de telescópios solares especiais, câmeras com filtros solares ou óculos de proteção solar apropriados.

“Para aqueles que não possuem tais instrumentos, podemos fazer a visualização direta por meio do uso da máscara de soldador com vidro nº 14 ou numeração superior (quanto maior o número, mais escuro o filtro e mais seguro para observar); filtro de poliéster aluminizado que é translúcido ou óculos com filtro solar de poliéster, que não devem ser confundidos com óculos comuns de proteção solar”, orienta.

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