Após dois dias de júri em MG, subtenente Molina é absolvido de duplo homicídio
O réu foi absolvido também dos crimes conexos: tráfico, furto qualificado e associação criminosa
Após júri popular com duração de dois dias em Leopoldina (Minas Gerais), o subtenente Silvio César Molina Azevedo, condenado na operação Laços de Família e afastado da PM (Polícia Militar), foi absolvido da denúncia de ter sido mandante de duplo homicídio.
De acordo com o advogado Marcos Ivan Silva, o réu foi absolvido também dos crimes conexos: tráfico, furto qualificado e associação criminosa. “A defesa sustentou a negativa de autoria por falta de provas. E ele foi absolvido em tudo”. Os jurados também absolveram Marco Aurélio Scheffer, apontado como funcionário no esquema de tráfico do policial.
Eles foram a julgamento por envolvimento na execução de Nasser Kadri, traficante conhecido como “Turcão”, e Eneias Mateus de Assis, o “Gago”. No ano passado, duas pessoas também foram julgadas pelo crime.
Alan Faria Ruback e o filho Gabriel Ferreira Ruback. Alan foi condenado por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, dissimulação e meio cruel) e sentenciado a 49 anos de prisão. Já Gabriel também foi absolvido.
O duplo homicídio foi em 9 de janeiro de 2018. Nasser Kadri, o Turcão, e Eneias Mateus de Assis foram assassinados em uma emboscada, com golpes de facas e tiros, na zona rural de Recreio, município de Minas Gerais. Depois de executados, tiveram os corpos jogados no Rio Pomba.
A morte de Turcão foi atribuída ao policial com a Operação Laços de Família, deflagrada pela PF (Polícia Federal) em 2018.
Durante o cumprimento dos mandados busca e apreensão, os policiais encontraram ligações entre os suspeitos e também um celular sem chip em que estava armazenado fotos das vítimas. Na Laços de Família, Molina foi ondenado a 61 anos por tráfico de maconha e lavagem de dinheiro.