Após suspensa, emissão de passaportes retorna "tranquila" na Capital
A instituição chegou a informar que 108.701 pessoas aguardavam para receber o passaporte
Após mais de um mês sem emissão de passaportes por, segundo a Polícia Federal, falta de verba pública, o documento voltou a ser emitido normalmente nesta segunda-feira (27) e, ao que tudo indica, de forma bem tranquila no posto de atendimento de Campo Grande.
Conforme constatado por nossa equipe, o movimento na tarde desta segunda, período de atendimento regular do posto onde é feita a emissão do documento, era bem pouco. A família de Stela Gouvêa Vilella, terapeuta floral de 41 anos, esteve na PF e pegou quatro passaportes de uma vez.
“Foi tudo bem tranquilo. Tanto é que nosso passaporte estava liberado até um tempos atrás. Vamos para os Estados Unidos a passeio visitar uma irmã e estamos programando para as férias de julho”.
A entrega será gradual. Os requerentes precisam consultar o status da solicitação no site da PF e deverão se dirigir ao posto quando estiver constando que o passaporte está disponível. A instituição chegou a informar que 108.701 pessoas aguardavam para receber o passaporte, mas não atualizou os dados até a publicação desta reportagem.
De acordo com nota divulgada pela PF, os atendimentos de novos pedidos seguem sem alterações em todo o País. "Os prazos de entrega serão normalizados tão logo as solicitações anteriores tenham sido processadas", informa o texto. A confecção dos passaportes foi suspensa pela primeira vez no dia 19 de novembro por falta de recursos.
Na semana seguinte, o governo federal remanejou R$ 37,36 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para a reativação do serviço. Mas esse montante só foi suficiente para atender a produção dos documentos solicitados até o dia 30 de novembro, culminando em uma nova suspensão em 1º de dezembro.
O passaporte é um documento que comprova a identidade do viajante. Nele, são registradas as entradas e saídas do País, além de vistos e autorizações. Para obter o documento, é preciso pagar uma taxa de R$ 257,25. O valor arrecadado, no entanto, não é administrado pela PF, pois os recursos são encaminhados para a conta do Tesouro Nacional.