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Cidades

Baixa adesão deve fazer MS terminar 2021 sem atingir meta de multivacinação

Cobertura adequada e que afasta risco de infecções ou mesmo retorno de doenças erradicadas é de 95%

Lucia Morel | 23/11/2021 06:27
Bebê recebendo dose de vacina em Campo Grande. (Foto: Prefeitura)
Bebê recebendo dose de vacina em Campo Grande. (Foto: Prefeitura)

Como em anos anteriores, 2021 deve acabar sem que a população de 0 a 14 anos de Mato Grosso do Sul tenha sido vacinada adequadamente. A maior cobertura vacinal do Estado até agora – em plena campanha nacional de multivacinação – é da primeira dose do imunizante tríplice viral, que alcança 63,10%. Contra a poliomielite, uma das mais importantes, o alcance é de apenas 58,20% e a meta não é alcançada desde 2016.

Segunda preconiza o Ministério da Saúde e autoridades mundiais em saúde, uma cobertura adequada e que afasta riscos de muitas infecções ou mesmo retorno de doenças erradicadas, é de 95%. No caso da vacina contra a febre amarela, por exemplo, que em MS é endêmica, a indicação é cobertura de 100%.

Um dos percentuais mais baixos deste ano no Estado para o público infantil é da segunda dose da tríplice-viral – que combate até o sarampo – com cobertura de apenas 27,84%; da vacina contra hepatite B em recém-nascidos com até 30 dias, com índice de apenas 45,06%; e da dose contra poliomielite aos 4 anos, com somente 48,06%.

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Em Campo Grande, não é diferente e segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), apenas a BCG - que é aplicada, em sua maioria, ainda na maternidade - atingiu a meta em 2020, sendo vacinada 104,72% da população do município. Neste ano, o percentual está em 20%, conforme números do Tabnet, do Ministério da Saúde.

A secretaria reforça que a baixa cobertura é um retrato nacional e relembra que o próprio Ministério iniciou em outubro a campanha multivacinação para atualização da caderneta de crianças e adolescentes menores de 15 anos.

No entanto, “durante os 30 dias previstos para campanha, a busca em todo o território nacional continuou insatisfatória, havendo a necessidade de prorrogação da campanha por mais 30 dias”, diz nota da Sesau.

Quem mais sofre com a falta das vacinas e tornam-se vulneráveis são as crianças de 0 a 4 anos de idade, que por terem a imunidade em formação, tornam-se alvos fáceis às doenças e correm o risco de, caso infectadas, desenvolvam as formas mais graves.

Em 2020 – conforme a Sesau, demais doses, como a tríplice viral, que protege, entre outros vírus, contra o sarampo, foi aplicada em apenas 88,13% das crianças no ano passado. A VIP (Vacina Inativada), que protege contra três vírus que provocam a poliomielite, foi aplicada em somente 82,7% das crianças.

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