Cerimônias em praça antecedem posse de Luis Arce na presidência da Bolívia
Luis Arce, do MAS, foi eleito com grande vantagem; posse está marcada para ser iniciada às 10h
Oferendas a “Pachamama”, (mãe terra) marcam o início da da posse de Luis Arce na presidência da Bolívia, em La Paz. Na praça Murillo, representantes de organizações sociais participam de “cerimônias ancestrais” que antecedem os protocolos oficiais.
Segundo informações do jornal El Deber, hoje, os rituais começaram por volta das 6h30. Os amautas (relativo aos educadores do império inca) realizaram um “k´oa”, ritual indígena dos povos originários em agradecimento a “Pachamama” em cada uma das esquinas da praça.
Às 10h, está prevista a sessão da Assembleia Legislativa Plurinacional (ALP), com recepção de Luis Arce e o vice, David Choquehuanca e, depois, vão para Palácio Quemado, de onde vão assistir o desfile dos representantes de entidades sociais.
As festividades vão se estender no período da tarde, na praça. A expectativa é que ainda hoje, Arce também ira empossar os integrantes dos ministérios.
Luis Arce foi oficialmente confirmado presidente da Bolívia no dia 23 de outubro, pelo MAS (Movimento ao Socialismo) com ampla vantagem contra Carlos Mesa, que já foi presidente em 2005.
Ontem, representantes das delegações dos Estados Unidos, Irán, México, Espanha, Venezuela, Chile e Colômbia chegaram a La Paz para assistir a cerimônia de posse. O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, do partido de Arce, não voltou para posse em La Paz e permanece em Buenos Aires, na Argentina.
Luís Arce - Ex-ministro da Economia e Finanças no governo de Morales, Arce já atuou em cargos técnicos no Banco Central boliviano antes de 2006, quando foi nomeado para a vaga pública.
Economista com título pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, ele já foi professor em universidade boliviana e lecionou enquanto convidado na UBA (Universidade de Buenos Aires), na Argentina, e em Harvard e Columbia, nos Estados Unidos.
Durante a campanha, levantou a bandeira do boom econômico que a Bolívia viveu durante o governo Evo, quando o índice de pobreza caiu de 59,9% para 34,6%, de acordo com dados do Banco Mundial.
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