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Cidades

Com alta de casos, governo cria centro para monitorar dengue

Casos de chikungunya e zika também serão acompanhados

Carolina Pimentel, da Agência Brasil | 17/03/2023 19:37
Mosquito aedes aegypti, vetor da dengue e de outras arboviroses. (Foto: Reprodução/Fiocruz)
Mosquito aedes aegypti, vetor da dengue e de outras arboviroses. (Foto: Reprodução/Fiocruz)

O Ministério da Saúde anunciou durante a tarde desta sexta-feira (17) a instalação do COE (Centro de Operações de Emergências), que irá monitorar mortes e casos graves de dengue, zika e chikungunya.Campo Grande News - Conteúdo de VerdadeCampo Grande News - Conteúdo de Verdade

A criação ocorre diante do aumento de casos dessas doenças no Mato Grosso do Sul e no país. O Estado registrou 1.019 casos confirmados e 2.252 casos prováveis de dengue durante a última semana, segundo dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde). No âmbito nacional, as notificações cresceram 43,8% até março deste ano em comparação ao mesmo período de 2022. No caso de chikungunya, o aumento foi de 97%.

De acordo com o ministério, o COE irá focar, principalmente, nos registros de dengue e chikungunya, fornecendo orientações para ações de vigilância em conjunto com estados e municípios.

Identificamos crescimento em alguns estados, o que nos deixa alerta. Já estamos enviando equipes de campo para traçar um diagnóstico da situação nessas áreas e vamos reforçar o monitoramento do cenário das arboviroses em todo o país. Nossa prioridade é sensibilizar a população, para que assim possamos controlar o avanço da transmissão dessas doenças”, disse a diretora de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, conforme nota divulgada pela pasta.

Dengue - De janeiro ao início de março, foram notificados 301,8 mil casos suspeitos de dengue, contra 209,9 mil casos no mesmo período de 2022. Os casos graves somam 2,9 mil, e 73 mortes pela doença foram registradas.

A região mais afetada é a Centro-Oeste, com 254,3 casos por 100 mil habitantes. Em seguida, aparecem Sudeste (214,7 casos por 100 mil habitantes) e Sul (98,2 casos por 100 mil habitantes). Os estados com maior incidência são Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Chikungunya e zika - Em relação à chikungunya, as notificações prováveis cresceram 97,1%, somando 43 mil no início do ano. Uma morte foi confirmada no estado do Espírito Santo e 13 estão em investigação.

A Região Sudeste registra a maior incidência, com 34,3 casos por 100 mil habitantes, seguida do Nordeste (13,8 casos por 100 mil habitantes) e Norte (13,1 casos por 100 mil habitantes). Entre os estados, Tocantins lidera com 139,2 casos por 100 mil habitantes.

Os registros de zika cresceram de 883 para 1.194 na comparação de janeiro a final de fevereiro deste ano com os mesmos meses de 2022.

O Norte do país tem a maior proporção de casos, 2,8 casos por 100 mil habitantes. Tocantins aparece novamente como o estado com mais registro da doença em relação ao tamanho da população em 2023.

Prevenção - As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Uma das formas mais eficazes de prevenir é evitar o acúmulo de água parada em pneus, garrafas, vasos de plantas e outros recipientes, onde ocorre a proliferação do mosquito.

Algumas recomendações são: tapar tonéis d'água, manter calhas limpas, deixar garrafas com a boca para baixo, limpar e encher os pratos dos vasos de plantas com areia, manter lixeiras tampadas, ralos limpos e instalar telas nas janelas.

As doenças têm alguns sintomas semelhantes, como febre alta, dores pelo corpo e mal-estar.

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