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Cidades

Com baixa vacinação, gripe já matou 22 em MS, 2 bebês e 8 em uma semana

Em Campo Grande, nem 13% do grupo prioritário foi vacinado, segundo dados da Sesau

Lucia Morel | 11/05/2023 10:05
Frasco de vacina contra gripe em uso. (Foto: Arquivo)
Frasco de vacina contra gripe em uso. (Foto: Arquivo)

Com oito mortes em uma semana, sendo duas de bebês entre 0 e 1 ano de idade por causa da Influenza B, a gripe começa com força no outono e a baixa cobertura de vacinação é apontada como principal responsável. Em Campo Grande, nem 13% do grupo prioritário foi vacinado, segundo dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

O boletim semanal da SES (Secretaria de Estado de Saúde) sobre Influenza mostra que já são 22 mortes por gripe este ano, sendo 13 causadas pelo vírus tipo B (que normalmente não causa óbitos) e 8 pelo tipo A H1N1. Os dois bebês faleceram por Influenza B nos dias 14 de abril e 7 de maio nas cidades de Sonora e Campo Grande, respectivamente.

Cobertura vacinal contra gripe em Campo Grande. (Foto: Divulgação)
Cobertura vacinal contra gripe em Campo Grande. (Foto: Divulgação)

Conforme a gerente técnica de Influenza e Doenças Respiratórias da SES, Lívia de Mello Almeida Maziero, a baixa cobertura vacinal contribui com o cenário, principalmente após período de pandemia, em que a circulação de vírus gripais ficou estagnada. “Quado eles voltam a circular, ficamos mais suscetíveis a desenvolver formas graves, porque o corpo esquece como reagir e responder a eles”, afirma.

Como o corpo está com a resposta imune prejudicada, o vírus B chegou de forma atípica, com mutações, e causando mais óbitos. “Apesar disso, não é responsável pelos casos mais graves. Porque as internações são predominantemente por vírus sincicial respiratório”, relata.

Para Lívia, no início da campanha de vacinação contra gripe, no começo de abril, o apelo era justamente para que as pessoas se vacinassem, porque com a imunidade prejudicada, a vacina poderia fortalecer o sistema imunológico e ajudar o corpo a combater a gripe.

Por fim, ela afirma que é preciso haver vacinação e, se possível, mais cuidados como uso de máscaras e no caso das crianças, evitar que elas frequentem espaços coletivos se estiverem com sintomas gripais.

Fonte: SES
Fonte: SES


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